Ibovespa encerra sessão instável com queda de 0,29% pressionado por ações da Petrobras
O mercado doméstico teve uma sessão instável hoje, com o Ibovespa apresentando oscilações durante o dia. O índice chegou a superar os 127 mil pontos na abertura, mas logo perdeu esse patamar e fechou o dia com uma queda de 0,29%, atingindo os 126.165,64 pontos. A pressão negativa sobre o Ibovespa foi influenciada principalmente pela queda das ações da Petrobras.
Um dos destaques do dia foi a desistência da proposta de fusão entre empresas, o que teve impacto nas ações da VBBR3, que se destacaram entre as maiores altas do Ibovespa, com ganho de 3,48%. Enquanto isso, a ENEV3, que manifestou interesse na fusão, encerrou o pregão estável.
No ranking positivo das maiores altas, ficaram as ações da MRFG3, com alta de 4,73%, e LREN3, com ganho de 4,14%. Já no lado negativo, destacaram-se as ações da GOLL4, com queda de 5,16%, HAP3, com -5,12%, e MRVE3, com -4,64%.
Mesmo com o avanço dos preços do petróleo, as ações da Petrobras, PETR3 e PETR4, registraram quedas de 1,32% e 1,04%, respectivamente. As ações da VALE3 também tiveram uma leve queda de 0,03%.
Entre os principais bancos, ITUB4 registrou alta de 0,68%, SANB11 teve ganho de 0,49%, e BBAS3 subiu 0,15%. Por outro lado, BBDC3 e BBDC4 apresentaram quedas de 0,56% e 0,49%, respectivamente.
A sessão foi marcada por uma certa volatilidade, refletindo as incertezas do mercado diante de diversos fatores econômicos e empresariais. O volume financeiro totalizou R$ 22,3 bilhões, um pouco abaixo da média diária de outubro.
Dólar fecha com pequena alta devido a dados econômicos americanos, mas queda mensal de 3% é destaque
O dólar encerrou o mês de novembro com uma leve alta, apesar de ter acumulado uma queda de mais de 3% ao longo do período. Essa alta foi resultado da reação dos investidores ao crescimento acima das expectativas do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e às declarações do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin.
Barkin expressou ceticismo em relação à capacidade de atingir a meta de inflação de 2% e sugeriu que o Federal Reserve (Fed) deveria manter a possibilidade de elevar as taxas de juros. Suas declarações foram uma resposta indireta ao colega Christopher Waller, que havia mencionado a possibilidade de iniciar um ciclo de afrouxamento monetário no próximo ano.
No entanto, o impacto dessas declarações foi limitado pelo relatório do Livro Bege, que indicou uma desaceleração da economia americana no quarto trimestre. Isso deixou os investidores cautelosos em relação às perspectivas econômicas dos Estados Unidos.
No cenário doméstico, os mercados também estavam atentos à aprovação de projetos fiscais, incluindo aqueles que tributam as apostas esportivas e os fundos offshore e exclusivos. Essas medidas são cruciais para o governo brasileiro aumentar a arrecadação e cumprir a meta de déficit zero em 2024.
Além disso, o ministro André Mendonça do Supremo Tribunal Federal (STF) estava prestes a liberar uma ação relacionada à antecipação do pagamento de precatórios, que poderia permitir ao governo quitar um estoque de R$ 95 bilhões ainda este ano. No entanto, o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro, deixando a questão em aberto.
No encerramento do mercado, o dólar à vista fechou com uma alta de 0,32%, atingindo a marca de R$ 4,8876. O dólar futuro para dezembro também registrou uma alta de 0,32%, chegando a R$ 4,888. O mês de novembro, no entanto, foi marcado por uma queda de 3% no valor do dólar, refletindo a dinâmica volátil do mercado de câmbio.