Novas estimativas

Inflação continuará subindo em 2025, aponta mercado

Mercado financeiro ajusta previsões para o futuro da economia brasileira, com aumento na estimativa de inflação e leve ajuste no PIB.

inflacao alta surpreende bc como proteger os seus investimentos
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  • Projeção de inflação para 2025 sobe para 5,58%, marcando a 17ª semana consecutiva de aumento
  • Estimativa do PIB para 2025 é reduzida de 2,06% para 2,03%
  • Expectativas para a Selic e o dólar se mantêm em 15,00% e R$ 6,00, respectivamente

Os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para a inflação de 2025, passando de 5,51% para 5,58%. Este é o 17º aumento consecutivo na projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país.

As novas estimativas, divulgadas pelo Banco Central no Boletim Focus nesta segunda-feira (10), refletem o ajuste nas expectativas do mercado sobre o cenário econômico. Mas, as projeções para a taxa de juros e o câmbio permanecem estáveis.

Ajustes nas previsões de inflação

A elevação da projeção da inflação ocorre em um contexto de incertezas econômicas que podem influenciar o comportamento dos preços no Brasil. O aumento contínuo na expectativa para o IPCA sugere uma pressão sobre o poder de compra da população. Dessa forma, o que pode afetar a recuperação econômica do país.

Por outro lado, o mercado também revisou para baixo sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025. Assim, reduzindo-o de 2,06% para 2,03%.

A redução na projeção do PIB pode indicar uma desaceleração na recuperação econômica do Brasil. Contudo, refletindo fatores como possíveis quedas na confiança dos investidores, desafios fiscais e o impacto das políticas monetárias.

Embora a economia ainda apresente sinais de crescimento, esses ajustes nos indicadores econômicos sugerem que o caminho de recuperação será mais gradual do que o inicialmente esperado.

Estabilidade na Selic e dólar

Apesar do aumento na projeção de inflação e da revisão do PIB, as expectativas do mercado para a taxa de juros (Selic) e para o dólar permaneceram inalteradas. A projeção para a Selic se manteve em 15,00%, a mesma estimativa dos últimos cinco boletins Focus.

A taxa de juros, atualmente elevada, é um dos principais instrumentos do Banco Central para tentar controlar a inflação e equilibrar a economia.

Quanto ao dólar, a expectativa do mercado é de que a moeda norte-americana se mantenha em torno de R$ 6,00, uma taxa estável há várias semanas.

O comportamento do câmbio é influenciado por uma série de fatores. Ainda, como a dinâmica da balança comercial, os fluxos de investimentos estrangeiros e as políticas econômicas internas.

Projeções para 2026

O cenário para 2026 também foi revisado pelos analistas, com a projeção de inflação sendo ajustada de 4,28% para 4,30%. Embora o aumento seja pequeno, ele sinaliza que os analistas ainda veem riscos para a estabilidade dos preços, mesmo no longo prazo.

A projeção para o crescimento do PIB em 2026 foi mantida em 1,70%, o que indica uma expectativa de crescimento moderado.

Já a projeção para a Selic em 2026 ficou estável em 12,50%, um valor que reflete uma expectativa de contenção da inflação, mas sem grandes variações nas taxas de juros. No entanto, a menos que mudanças substanciais ocorram na economia global ou nas políticas monetárias do Brasil.

Cenário econômico brasileiro

A combinação de expectativas de inflação mais altas para 2025 e um PIB revisado para baixo sinaliza que o Brasil pode enfrentar desafios econômicos no curto prazo.

A continuidade da alta da inflação, se confirmada, pode pressionar os preços, dificultando a vida dos consumidores e gerando um impacto nas políticas fiscais do governo.

Por outro lado, as projeções de estabilidade para a Selic e o dólar podem indicar que o Banco Central e o governo federal ainda consideram que é necessário manter uma política econômica restritiva para controlar os preços e evitar uma aceleração da inflação.

A postura mais cautelosa diante da inflação e a manutenção da taxa de juros podem ser vistas como tentativas de equilibrar a recuperação econômica com o controle da pressão inflacionária.

Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ
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