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Mães são mais generosas que os pais na hora da mesada, aponta pesquisa

Responsabilidades financeiras, organização e valorização de ganhos são os principais motivos que os pais enxergam quando começam a dar mesadas para os filhos.

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

Responsabilidades financeiras, organização e valorização de ganhos são os principais motivos que os pais enxergam quando começam a dar mesadas para os filhos. Segundo pesquisa realizada pelo Serasa em parceria com o Opinion Box, 85% dos pais conversam com os filhos sobre a importância da educação financeira saudável e como se organizar para que a mesada seja utilizada da melhor forma. 

Quando falamos no assunto, as mães são mais generosas que os pais, onde 70% delas optam por incentivar a prática, contra 30% dos pais, que alegam a preferência do investimento na educação dos filhos, segundo dados levantados pela fintech Acordo Certo. No âmbito da importância de guardar dinheiro, as mães são mais participativas, com 87%, entre os pais 80% tratam do assunto. 

Com base no levantamento realizado pelo HSBC, 89% dos pais consideram o diploma de bacharel ou qualificação no ensino superior essencial para que os filhos atinjam objetivos importantes na vida. Para Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, a educação financeira na infância é de extrema importância.

É necessário que a educação financeira seja cada vez mais incentivada na nossa sociedade. Se conseguirmos emular as crianças desde o início, elas crescerão preparadas para lidar com o dinheiro e obter uma relação muito mais saudável com as contas”, aponta o especialista.

Lamounier destaca que o planejamento familiar é fundamental para o futuro da educação dos filhos. “O passo mais importante é investir no desenvolvimento infantil e gamificar a educação financeira, utilizando de jogos e momentos lúdicos para incentivar a curiosidade e facilitar o entendimento sobre as finanças. Se conseguirmos emular as crianças desde o início, elas crescerão preparadas para lidar com o dinheiro e obter uma relação muito mais saudável com as contas”, explica.

Investimentos na educação a longo prazo 

Com base nos dados divulgados pelo HSBC, os pais brasileiros são os que mais enfatizam a importância econômica com os filhos (79%), seguido pelos chineses (77%), turcos e indonésios com 75% cada. A pesquisa ainda revelou que 97% dos pais desejam que os filhos frequentem a universidade, 84% uma pós-graduação e 7 em cada 10 pais esperam que eles tenham uma educação melhor que as que tiveram. 

Rodrigo Bouyer, docente, avaliador do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e sócio diretor da BrandU Consultoria Educacional e da Somos Young, confirma o desejo dos pais com relação ao nível educacional dos filhos e ainda reforça a preocupação dos que possuem baixas condições financeiras.

Estamos falando de um período de alta competitividade em universidades federais e particulares, principalmente nos cursos de medicina, psicologia e direito. É uma situação que requer gastos com materiais e, em alguns casos, com cursos preparatórios para o vestibular”, diz.

Bouyer reforça que menos de 20% dos brasileiros entre 18 e 24 anos são alunos do curso superior, a meta do PNE (Plano Nacional da Educação) é chegar a 33% até o ano que vem, ou seja, dar um salto dos 4 milhões para 7 milhões de alunos. Às vésperas do exame que se tornou a maior porta de entrada para universidades no Brasil, o ENEM, o especialista explica que além de uma “poupança”  os pais ainda precisam se preocupar em como manter os filhos com alimentação, transporte, material entre outros. 

A educação é apenas um dos pilares presentes nos gastos mensais. Ainda temos gastos com transporte, saúde e alimentação. Quando você prioriza uma situação, você demonstra maior apoio para que aquele sonho se concretize. Claro que, nesse cenário, é interessante entender todas as opções para o seu filho em cima do valor guardado. Investir em educação amplia as possibilidades dentro do mercado de trabalho, além de proporcionar novas visões de mundo”, finaliza Bouyer.