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MicroStrategy muda de nome e lança nova marca baseada em Bitcoin

A MicroStrategy se renomeia para Strategy, mantendo sua posição no mercado de Bitcoin. O que isso significa para o futuro da empresa?

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MicroStrategy muda de nome e lança nova marca baseada em Bitcoin

Com mais de US$ 48 bilhões em bitcoin (BTC) em seu caixa, a MicroStrategy anunciou uma mudança de nome, agora se chamando apenas Strategy, conforme comunicado divulgado ao mercado nesta quarta-feira (5). A nova identidade da empresa também inclui um logotipo atualizado, que apresenta um “B” estilizado, simbolizando a estratégia focada em bitcoin que a companhia adotou.

Essa mudança de nome não é meramente cosmética; a Strategy herdou da MicroStrategy a maior carteira de BTC entre empresas privadas de capital aberto, solidificando sua posição no mercado de criptomoedas.

Além da mudança de nome, a Strategy está prestes a divulgar seu balanço referente ao quarto trimestre de 2024 (4T24), que será apresentado após o fechamento do mercado nos Estados Unidos. Michael Saylor, fundador e presidente executivo da Strategy, comentou sobre a nova marca, afirmando que “Strategy é uma das palavras mais poderosas e positivas na língua humana.” Ele destacou que a mudança representa uma simplificação do nome da empresa, focando em seu núcleo mais estratégico.

Saylor também fez referência a uma citação de Antoine de Saint-Exupéry, ressaltando que “a perfeição é atingida, não quando não há mais nada para adicionar, mas quando não há mais nada para tirar.” Após 35 anos, a nova marca reflete a busca contínua pela excelência da empresa.

Inovações e Desafios

Phong Le, CEO da Strategy, enfatizou que a companhia “está inovando nas duas tecnologias mais transformadoras do século XXI — bitcoin e inteligência artificial.” Essa declaração reforça a intenção da empresa de se posicionar na vanguarda das tecnologias emergentes, embora a estratégia de aquisição de bitcoin tenha gerado controvérsia.

A Strategy tem utilizado um método controverso para adquirir bitcoin: a emissão de títulos de dívida conversíveis em ações da companhia, que são utilizados para comprar a criptomoeda. Para honrar essa dívida, a empresa conta com a valorização do bitcoin, uma estratégia que tem se mostrado lucrativa até agora, mas que também levanta preocupações.

Sebástian Serrano, CEO da Ripio, expressou suas dúvidas sobre essa abordagem, sugerindo que a empresa poderia estar criando uma armadilha para si mesma. Ele alertou que, em caso de uma queda abrupta nos preços do bitcoin, os detentores da dívida poderiam converter seus papéis em ações, transformando-se em acionistas da Strategy. Essa mudança de status poderia gerar pressão para a venda dos bitcoins, o que seria desastroso.

Um despejo de US$ 48 bilhões em bitcoin no mercado poderia causar uma queda significativa no valor das criptomoedas. Mesmo que as vendas fossem realizadas de maneira parcelada, isso ainda representaria um risco significativo, tanto para a empresa quanto para o setor como um todo. A Strategy, portanto, é vista como um “termômetro” do mercado, e qualquer movimento de venda pode desencadear um clima de pessimismo generalizado entre os investidores.

Fernando Américo
Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvol
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