Carona suspeita

Ministro do STF pega carona em jatinho de advogado do Banco Master

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), embarcou em um voo particular com o advogado de um diretor preso no escândalo do Banco Master, dias antes de determinar sigilo máximo ao processo. A viagem, para assistir à derrota do Palmeiras na final da Libertadores, em Lima, levanta questionamentos sobre imparcialidade.

toffoli

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), viajou para Lima, no Peru, em um jato privado na companhia do advogado Augusto Arruda Botelho – que defende Luiz Antonio Bull, ex-diretor de compliance do Banco Master preso na Operação Masterplan. O objetivo da viagem era assistir à final da Copa Libertadores entre Palmeiras e Flamengo, no último dia 29 de novembro, quando o time paulista acabou derrotado por 3 a 1.

O amigo do meu amigo

A aeronave pertence ao empresário e ex-senador Luiz Oswaldo Pastore. Além de Toffoli e Arruda Botelho, também embarcaram o ex-deputado federal Aldo Rebelo e outros torcedores do Palmeiras.

A viagem ganhou repercussão porque ocorreu poucos dias antes de Toffoli, relator do caso no STF, determinar sigilo máximo aos autos da investigação do Banco Master e concentrar toda a tramitação no Supremo, retirando o processo da Justiça Federal de Brasília. A decisão atendeu pedido da defesa de Daniel Vorcaro, presidente e principal acionista do banco.

Escândalo do Banco Master

O Banco Master entrou em liquidação extrajudicial determinada pelo Banco Central em novembro de 2025, após grave crise de liquidez e suspeitas de fraudes que podem superar R$ 41 bilhões em prejuízo ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) – o maior rombo da história do fundo. Vorcaro e outros executivos, entre eles Luiz Antonio Bull, foram presos preventivamente acusados de gestão fraudulenta, organização criminosa e emissão de títulos falsos.

Até o momento, nem o ministro Dias Toffoli nem o advogado Augusto Arruda Botelho se pronunciaram sobre a viagem conjunta.

A proximidade entre o relator do processo e o defensor de um dos investigados gerou críticas nas redes sociais e na imprensa, com questionamentos sobre eventual conflito de interesses e imparcialidade na condução do caso.

Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.