- A Moody’s alterou a perspectiva de seis governos regionais argentinos para “positiva”, refletindo a melhora nas condições fiscais e econômicas do país
- Os ratings das províncias de Córdoba e Rio Negro foram elevados de “ca/Ca” para “caa3/Caa3”, sinalizando uma recuperação na saúde fiscal dessas regiões
- A elevação da perspectiva regional foi impulsionada pela recente melhora do rating soberano da Argentina, que gerou maior confiança nas finanças públicas locais
A Moody’s Ratings anunciou na última sexta-feira (31), ações de rating para seis governos regionais e locais da Argentina. Assim, refletindo a melhoria das condições fiscais e econômicas no país.
Entre os entes avaliados, estão a Província de Buenos Aires, Chaco, Chubut, Rio Negro, Tierra del Fuego e o município de Córdoba. A mudança nas avaliações foi significativa, com todos os seis entes recebendo a atualização de suas perspectivas, que passaram de “estável” para “positiva”.
Elevando a perspectiva
O principal fator que motivou essa revisão foi a recente elevação do rating soberano da Argentina, que, por sua vez, impactou diretamente as classificações regionais.
A agência de classificação de risco reconheceu que a melhoria nas condições econômicas do país, impulsionadas por medidas fiscais mais robustas e um cenário de recuperação, favoreceu a gestão financeira dos governos locais.
A mudança nas perspectivas reflete uma tendência de estabilidade. Além de possíveis avanços na sustentabilidade das finanças regionais.
Ratings e melhorias
Em relação às classificações específicas, os ratings das províncias de Buenos Aires, Chaco, Chubut e Tierra del Fuego foram mantidos. Mas, o município de Córdoba e a Província de Rio Negro registraram uma melhoria significativa.
A Moody’s elevou as classificações de Córdoba e Rio Negro de “ca/Ca” para “caa3/Caa3”, indicando uma recuperação nas condições de crédito dessas regiões. Essa melhoria reflete diretamente as políticas fiscais adotadas e a maior confiança nos processos de governança local.
Impactos regionais
Com a elevação da perspectiva para “positiva”, há um sinal claro de que os investidores podem esperar maior estabilidade nas finanças públicas das regiões envolvidas.
A Moody’s destacou que a recuperação das economias locais e o aumento das receitas fiscais. Dessa forma, derivados de ajustes econômicos e da recuperação da demanda interna, foram fundamentais para a revisão das perspectivas.
Para os governos locais, essa atualização tem potencial de atrair novos investimentos e melhorar o acesso ao crédito. Uma vez que, as perspectivas positivas tendem a reduzir o custo de financiamento no mercado internacional.
A melhoria no rating pode também contribuir para um maior fluxo de recursos. E, assim, um ambiente de maior confiança para os empresários e cidadãos argentinos.
A elevação do rating local
A elevação dos ratings locais não seria possível sem a melhoria do rating soberano da Argentina, que foi uma das principais justificativas para a mudança de perspectiva da Moody’s.
A agência reconheceu os esforços do governo central para estabilizar a economia, mesmo diante de desafios como inflação elevada e dívidas externas.
As políticas fiscais mais restritivas e a gestão financeira mais eficiente contribuíram para a percepção de que as províncias também têm mais capacidade para sustentar suas finanças.
O que esperar no futuro?
Embora a mudança de perspectiva seja positiva, a agência ressaltou que ainda existem desafios para as finanças públicas da Argentina. Dessa forma, como o controle da inflação e a necessidade de fortalecer ainda mais a estrutura fiscal.
No entanto, a classificação positiva é um bom indicativo de que o país, e suas regiões, estão no caminho certo para superar os obstáculos econômicos que os têm afetado nos últimos anos.
Para os analistas e investidores, a mudança nos ratings das províncias sinaliza que há uma crescente confiança nas perspectivas econômicas da Argentina. Especialmente, após a elevação do rating soberano.
Esse movimento pode desencadear um ciclo virtuoso de maior acesso a crédito, redução de custos de financiamento e novos investimentos em infraestrutura e projetos de desenvolvimento regional.