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Nova política de preços da Petrobras pode levar a desabastecimento no país

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Especialistas afirmam que a nova estratégia de preços da Petrobras acaba com a transparência do mercado.

A nova estratégia de preços da Petrobras está sob críticas de especialistas que acreditam que a mudança resultou em falta de transparência.

Pedro Rodrigues, sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), e Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), expressaram preocupação com a falta de clareza na nova abordagem de precificação.

A Petrobras anunciou recentemente o fim da política de preços de importação (PPI), o que, segundo Rodrigues, eliminou a previsibilidade que o PPI proporcionava.

Nova estratégia de preços da Petrobras gera preocupações sobre falta de transparência

Especialistas criticaram a nova estratégia de preços da Petrobras, afirmando que a mudança resultou em falta de transparência.

Pedro Rodrigues, sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), e Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), expressaram preocupação com a falta de clareza na abordagem de preços da empresa.

Rodrigues questionou como a Petrobras planeja implementar a mudança, observando que a política de preços de importação (PPI), que foi recentemente abandonada pela empresa, proporcionava previsibilidade ao mercado.

Ele destacou que, com o PPI, era possível prever tendências com base em movimentos de preços do petróleo e taxas de câmbio.

A Petrobras anunciou em comunicado que os preços em suas refinarias não serão mais vinculados aos preços de importação, uma política que vinha sendo seguida desde 2016. No entanto, Rodrigues disse que o comunicado da Petrobras não detalhava como a empresa planeja proceder daqui para frente.

Para Rodrigues, as variáveis mencionadas no comunicado, como o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a Petrobras, são difíceis de serem conhecidas pelo mercado em geral, incluindo analistas, distribuidores, importadores e consumidores.

Ele também expressou preocupação sobre como a falta de transparência poderia afetar os acionistas da Petrobras.

Araújo, da Abicom, ecoou as preocupações de Rodrigues, afirmando que a única coisa clara para o mercado é que a “transparência acabou”. Ele alertou que a nova estratégia de preços pode trazer problemas para pequenos e grandes importadores que têm dificuldades para entender a nova política.

Rodrigues também levantou preocupações sobre a Refinaria de Mataripe, a única refinaria privada do Brasil, que pode ser forçada a exportar toda a sua produção devido à mudança na política de preços.

Ele sugeriu que isso, junto com a redução das importações, pode levar a problemas de abastecimento de combustível no mercado interno brasileiro.

A nova política de preços da Petrobras, que é menos transparente e previsível, pode dificultar a capacidade dos importadores e distribuidores de planejar suas compras e preços, potencialmente levando a uma oferta insuficiente de combustível para atender à demanda dos consumidores. Isso poderia, em última análise, resultar em escassez de combustível e aumento dos preços para os consumidores.

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