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Novo CEO da FTX revela que corretora usou dinheiro dos clientes para comprar casas para funcionários

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

Ao que parece, a novela da FTX está longe de terminar. Como o mais novo capítulo dessa terrível história, o novo CEO da exchange falida relou que a corretora chegou a comprar casas para funcionários usando o dinheiro de seus clientes.

John J. Ray III, especialista em empresas falidas e que assumiu a FTX depois da renúncia de Sam Bankman-Fried (SBF), vem tentando trazer um pouco de luz a tudo o que estava em trevas, escondido nos calabouços da antiga terceira maior exchange do mundo.

A FTX pediu falência e em meio a tantas polêmicas que envolve a corretora, John Ray afirmou que a corretora estaria utilizando o dinheiro de seus clientes para comprar casas para seus funcionários.

“Nas Bahamas, entendo que fundos corporativos da FTX Group foram usados para comprar casas e outros itens pessoais para funcionários e consultores. […] Entendo que não parece haver documentação para algumas dessas transações como empréstimos e que certos imóveis foram registrados em nome pessoal desses funcionários e consultores nos registros das Bahamas”

Depôs John Ray, CEO da FTX.

A notícia boa é que, tais imóveis poderão ser leiloados para compor o caixa da corretora e então ressarcir os lesados pela má administração de Sam Bankman-Fried e outros executivos.

Contudo, muito provavelmente, o dinheiro que será recuperado, não chegará nem perto dos bilhões que a empresa deve a seus clientes.

O documento de 30 páginas visto pelo portal Livecoins também mostra parte da contabilidade das empresas falidas de Sam Bankman-Fried. Os dados chocaram até mesmo Ray, atual CEO da FTX e especialista em falências há mais de quatro décadas.

“Tenho mais de 40 anos de experiência jurídica e em reestruturação […] Nunca em minha carreira vi uma falha tão completa nos controles corporativos e uma ausência tão completa de informações financeiras confiáveis como aqui.”

Além da FTX e da Alameda, há também outras 132 empresas ligadas a Sam Bankman-Fried, registradas em diversos países. O que mostra que o processo de falência será um desafio aos envolvidos que tentam organizar a recuperação dos fundos.

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