- Sidônio, novo ministro da Secom, acusou as mudanças da Meta de criar um “faroeste digital” e afirmou que a desinformação ameaça a sociedade
- A nomeação de Sidônio reforça a ala baiana do governo, especialmente o ministro Rui Costa, que ganha apoio na disputa pela sucessão presidencial
- Sidônio prometeu melhorar a comunicação digital e fortalecer a relação com a imprensa para combater fake news e destacar as virtudes do governo Lula
O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio, tomou posse nesta terça-feira (14) e, em seu discurso, fez duras críticas às mudanças políticas da Meta, dona das redes sociais Facebook e Instagram. E, ainda, aos desafios enfrentados pela comunicação do governo Lula (PT).
Sidônio afirmou que a nova política da empresa, que afeta a divulgação de informações nas redes sociais, retrocede a soberania nacional. E, ainda, cria o que ele chamou de um “faroeste digital”.
Insatisfação
Sidônio, que também foi marqueteiro de Lula durante a campanha de 2022, expressou sua insatisfação com a dificuldade da população em enxergar as virtudes do governo.
Ele destacou que as mentiras propagadas nas plataformas digitais, especialmente pela extrema direita, criam uma “cortina de fumaça” que desvia a atenção dos cidadãos da realidade.
O ministro também alertou sobre a manipulação de pessoas inocentes e os riscos que isso representa para a sociedade. Dessa forma, mencionando que a comunicação digital se tornou um campo de batalha de desinformação.
“O governo não consegue chegar com suas mensagens de forma clara, a população não vê as virtudes do governo. A mentira que circula no ambiente digital ameaça a humanidade e distorce a realidade”, declarou Sidônio em seu primeiro discurso à frente da Secom.
Nomeação
A nomeação de Sidônio para o cargo já é vista como uma movimentação estratégica dentro do governo. Segundo aliados de Lula, a entrada do publicitário fortalece o grupo baiano, representado pelo ministro Rui Costa, atual chefe da Casa Civil.
A percepção é de que o novo ministro também alavancará a posição de Rui Costa dentro do governo. Assim, o que pode ser importante tanto para o futuro da gestão quanto para a sucessão presidencial em 2026 ou 2030.
Sidônio, que é conhecido por sua habilidade em lidar com os bastidores políticos, já tem um histórico de superação de obstáculos dentro da equipe do presidente.
Acesso às redes
Durante a campanha de 2022, ele teve dificuldades para acessar as redes sociais de Lula, já que as senhas eram controladas por assessores do presidente.
Três anos depois, Sidônio conseguiu ganhar a confiança de Lula a ponto de demitir assessores antigos. Como José Chrispiniano, secretário de Imprensa da Presidência, e Brunna Rosa, secretária de Estratégias e Redes.
Além disso, Sidônio manifestou sua intenção de melhorar a comunicação digital do governo, enfatizando que o relacionamento com a imprensa será um dos focos de sua gestão.
A posse também trouxe mudanças na estrutura da Secom, com a nomeação de Laércio Portela, ex-ministro e atual secretário de Comunicação Institucional, para substituir Chrispiniano. Já para o cargo de Brunna Rosa, Mariah Queiroz, atual assessora de comunicação do prefeito de Recife, João Campos (PSB), ocupará o cargo.
Sidônio assumiu o cargo com o objetivo de dar uma nova dinâmica à comunicação do governo. Assim, buscando mais eficiência na divulgação de políticas públicas e a criação de uma resposta mais eficaz às críticas e distorções que circulam nas redes sociais.
A estratégia será integrar a comunicação para enfrentar os desafios da desinformação, considerando as mudanças nas regras das grandes plataformas e a complexidade da política atual. Contudo, pela mudança das regras das grandes plataformas e pela complexidade da política atual.
O novo ministro afirmou que seu governo trabalhará para melhorar a imagem de Lula e do governo petista, além de combater as fake news nas redes sociais.
O trabalho de comunicação será fundamental para a continuidade da agenda do governo. Além da efetividade das ações de divulgação dos projetos e iniciativas do Partido dos Trabalhadores.