O preço mínimo do Bitcoin em janeiro foi de US$ 89.256 no dia 13. Ao longo do mês, a criptomoeda atingiu uma nova ATH em US$ 109.588 no dia 20. Uma diferença de 22.7% entre os dois valores.
No entanto, nos últimos dias do mês, o Bitcoin passou por uma correção, sendo negociado a US$ 97.777 no dia 27. Neste caso, entre a máxima do mês e a mínima do dia 27, o Bitcoin sofreu uma desvalorização de -10.7%.
Um dos principais acontecimentos do mês foi a assinatura de uma ordem executiva pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 24 de janeiro, que estabeleceu um grupo de trabalho para estudar a criação e manutenção de um estoque de ativos digitais.
Enquanto o mercado cripto aguardava pela confirmação de uma Reserva de Bitcoin, a ordem apresentou a criação de um “estoque”, que por sinal, é mais estratégico do que parece. O governo dos EUA mantém bilhões de dólares em criptomoedas, saldo derivado de apreensões legais. A criação e manutenção de um estoque usando ativos que já são de posse do governo não significa necessariamente que novos aportes serão feitos, e isso gerou dúvidas sobre a formação de uma Reserva em Bitcoin.
Além disso, um dos acontecimentos mais controversos do mês foi o lançamento da memecoin $TRUMP. Criada às vésperas da posse do novo governo, a criptomoeda rapidamente atingiu um valor máximo de US$ 77.24 antes de sofrer uma forte desvalorização de -64%, sendo negociada por US$ 27.21. O projeto gerou discussões sobre sua legitimidade e se representaria um avanço genuíno no setor cripto ou apenas uma jogada especulativa associada ao novo governo.
A MicroStrategy continuou sua estratégia de aquisição de Bitcoin, adquirindo 10.107 bitcoins por US$ 1.1 bilhão, elevando suas participações totais para 471.107 bitcoins, avaliados em cerca de US$ 47 bilhões.
Em 27 de janeiro, o Bitcoin registrou uma queda de aproximadamente -4%, acompanhando as perdas nos principais índices americanos, como o Nasdaq e o S&P 500.
O lançamento do novo modelo de I.A da chinesa DeepSeek gerou pânico no setor tecnológico e no mercado financeiro, afetando o valor das ações de Nvidia e, consequentemente, o mercado cripto – projetos ligados à I.A derreteram após a percepção de que a nova tecnologia poderia tornar obsoletas outras I.A’s existentes no mercado.
Criptomoedas focadas em inteligência artificial, como FET, AIXBT e AI16Z, registraram quedas de dois dígitos. O impacto se estendeu para o mercado cripto em geral, ampliando o movimento de realização de lucros e contribuindo para a volatilidade observada nos últimos dias do mês.
No dia 29, em termos de política monetária, o FOMC do Federal Reserve manteve as taxas de juros inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50%. Essa decisão trouxe um alívio temporário ao mercado, o que pode significar um período de consolidação para o preço do Bitcoin.
Inclusive, no gráfico diário, o preço do Bitcoin está em uma consolidação desde o dia 25 de novembro de 2024, respeitando os preços entre US$ 90.800 e US$ 109.000.
Para fevereiro, o comportamento do mercado cripto dependerá de novos avanços regulatórios e institucionais, além da reação às políticas monetárias dos EUA, tendo em vista que não há perspectiva de corte de juros no curto prazo. A volatilidade deve continuar sendo um fator determinante, portanto, cautela e estratégia serão essenciais para negociar cripto.