Abaixo das expectativas

Shell registra queda de 50% no lucro do quarto trimestre de 2024

Petroleira anglo-holandesa anuncia recompra de ações de US$ 3,5 bilhões para lidar com resultados abaixo das expectativas.

Foto/Reprodução: Shell logo
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  • A Shell reportou lucro ajustado de US$ 3,66 bilhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 50% em relação ao ano anterior, ficando abaixo das expectativas do mercado
  • A Shell anunciou um programa de recompra de ações de US$ 3,5 bilhões, que será concluído até o próximo trimestre, para melhorar a confiança dos investidores
  • A empresa enfrenta dificuldades com a queda nos preços do petróleo e busca uma transição para energias renováveis, com investimentos em soluções mais sustentáveis

A Shell, uma das maiores petrolíferas do mundo, divulgou nesta quinta-feira (30) que obteve um lucro ajustado de US$ 3,66 bilhões no quarto trimestre de 2024. Esse número representa uma queda de 50% em relação ao lucro registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de US$ 7,3 bilhões.

O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que havia projetado um lucro de aproximadamente US$ 4,1 bilhões, de acordo com uma pesquisa de analistas fornecida pela própria empresa.

O desempenho negativo da Shell no último trimestre é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo a queda nos preços do petróleo e o enfraquecimento da demanda por combustíveis. Assim, refletindo a desaceleração econômica global.

Além disso, a companhia enfrentou desafios relacionados à operação e manutenção de suas plataformas de produção. Assim, o que também contribuiu para a redução nos lucros.

Lucro líquido da Shell no trimestre

Além do lucro ajustado, a Shell também anunciou um lucro líquido de US$ 928 milhões no quarto trimestre, utilizando uma base de custo de suprimentos atual, que é uma métrica similar àquela empregada por petrolíferas dos Estados Unidos.

Esse valor ficou aquém das expectativas do mercado, o que acentuou a pressão sobre as ações da empresa. Mesmo com a queda no lucro, a companhia se mantém focada em seus objetivos de longo prazo e em sua estratégia de transição energética. Dessa forma, visando aumentar os investimentos em energias renováveis e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

Programa de recompra de ações e perspectivas

Diante do cenário de queda nos lucros, a Shell anunciou um novo programa de recompra de ações no valor de US$ 3,5 bilhões. No entanto, que será concluído até a divulgação do balanço financeiro do primeiro trimestre de 2025.

Essa medida visa proporcionar um retorno direto aos acionistas e ajudar a sustentar o preço das ações da empresa, que sofreram uma pressão significativa devido aos resultados abaixo do esperado.

O programa de recompra é uma estratégia comum adotada por grandes empresas para melhorar o valor das ações e aumentar a confiança dos investidores.

Ao longo dos últimos anos, a Shell tem implementado uma série de mudanças em sua estratégia corporativa. Dessa forma, com um foco crescente em soluções energéticas mais limpas e sustentáveis.

A companhia tem investido em energias renováveis, como energia solar, eólica e hidrogênio, além de buscar uma redução de suas emissões de carbono. No entanto, a transição energética também apresenta desafios, principalmente devido à pressão por uma maior rentabilidade em suas operações tradicionais de petróleo e gás. Contudo, que continuam sendo a principal fonte de receita da empresa.

Visão da Shell e os investimentos em energia renovável

Apesar dos desafios enfrentados no último trimestre, a Shell manteve seu compromisso com a transição energética, com uma visão clara de se tornar uma empresa mais sustentável nos próximos anos.

A companhia já começou a diversificar seu portfólio, com investimentos em tecnologias de captura de carbono. Além de projetos para ampliar sua atuação no mercado de veículos elétricos e infraestrutura de recarga.

Em relação ao mercado de petróleo e gás, a Shell continua sendo uma das líderes globais. Contando, assim, com grandes reservas e uma sólida posição em diversas regiões do mundo.

No entanto, com a crescente pressão dos governos e da sociedade para a adoção de práticas mais ecológicas, a empresa está se adaptando às novas demandas do setor. Assim, buscando equilibrar seus lucros de curto prazo com as metas ambientais de longo prazo.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ