O volume de serviços de agosto no Brasil teve alta de 0,7% em comparação ao mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa um resultado acima das projeções, que era de apenas 0,2%.
Sendo assim, o setor de serviços obteve alta 10,1%, se comparado a fevereiro de 2020, período pré-pandemia. Além disso, está apenas 0,9% abaixo de novembro de 2014, ponto mais alto da série histórica.
Em comparação ao mesmo período do ano anterior, a alta foi de 8%, média acima da expectativa de 6,9%. A variação dos últimos 12 meses resultou em alta de 8,9%.
O analista de pesquisa Luiz Almeida explica que nos últimos quatro meses, o setor de serviço tem avançado com resultados positivos. Isso só aconteceu no ano passado, quando o setor obteve cinco meses seguidos de alta, entre abril e agosto.
“Esse resultado positivo vem após uma queda, o que não é incomum especialmente no setor de serviços financeiros auxiliares, que teve maior influência sobre esse avanço e também sobre a retração do mês anterior.”
Explica Luiz Almeida.
Setor de serviços na cidade de SP cresce 11,1% no primeiro semestre
Recentemente, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo (FecomercioSP) divulgou o avanço de 11,1% do setor de serviços no estado. Os dados são do primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado.
O faturamento do setor atingiu R$ 313,4 bilhões nos 6 primeiros meses do ano, uma diferença de R$ 31,2 bilhões em relação ao mesmo período de 2021.
Segundo a federação, a alta foi puxada por um crescimento de 150,5% no faturamento do setor de turismo. Para a entidade, a volta dos eventos de negócios, como feiras e convenções, além da oferta gastronômica, impactou positivamente nos resultados do primeiro semestre.
Ademais, expectativa da FecomercioSP é de que o segundo semestre também se encerre em alta, de 7,3%. Assim, estima um volume de receitas de R$ 350 bilhões.
Para a entidade, apesar dos dados serem extremamente positivos, o cenário ainda é de incertezas. Isso porque sofre influência da manutenção dos preços altos, dos juros elevados e do volume grande de pessoas endividadas.