Acionistas da Meta Platforms Inc. (anteriormente Facebook) estão fazendo pressão para que a empresa considere a adição de Bitcoin ao seu portfólio de tesouraria. Essa proposta surge como uma medida para proteger a empresa contra a inflação crescente, inspirada pelos movimentos de outras grandes empresas, como a MicroStrategy, que já alocou uma parte significativa de seus ativos em Bitcoin.
A ideia é que, ao investir em Bitcoin, a Meta poderia reduzir os riscos associados à inflação que impactam ativos tradicionais de caixa. Em um contexto econômico global desafiador, caracterizado por taxas de inflação elevadas, muitos veem o Bitcoin como uma reserva de valor resistente à desvalorização monetária, devido ao seu suprimento fixo e à sua natureza descentralizada.
Alinhamento com a Nova Administração
Além disso, a proposta reflete uma possível estratégia de Mark Zuckerberg para se alinhar com a nova administração de Donald Trump, que manifestou interesse positivo em criptomoedas. Durante sua campanha, Trump prometeu estabelecer um “conselho consultivo presidencial de bitcoin e cripto” e manter ativos do governo em Bitcoin, o que poderia abrir portas para empresas como a Meta que adotam políticas semelhantes.
O pedido dos acionistas se insere em uma série de mudanças na empresa. Recentemente, Zuckerberg decidiu encerrar a verificação de fake news no Facebook e Instagram, possivelmente como parte de uma estratégia mais ampla para redefinir a imagem da Meta em um novo cenário político.
Atualmente, a Meta possui cerca de US$ 256 bilhões em ativos, dos quais US$ 72 bilhões são alocados em caixa e equivalentes de caixa, tradiconalmente em títulos públicos. Ethan Peck, analista e investidor, aponta que esses recursos estão sendo corroídos pela inflação real e pela expansão monetária, resultando em perdas significativas para a Meta. Segundo Peck, a empresa pode estar perdendo bilhões de dólares anualmente devido a esse fenômeno.