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Você já se perguntou o que iria fazer caso o dólar perca seu valor como a principal moeda do mundo? Com as implicações atuais do mercado americano, existe o risco de isso acontecer! Entenda como evitar esse problema.
O conceito de economia em si, é algo que já deixa muitas pessoas em dúvida. Afinal, é difícil perceber as “linhas” que tecem a economia do mundo, como realmente as relações são feitas e como isso afeta as nações e moedas.
Para entender como o Dólar pode perder o seu valor, é preciso entender muito bem um conceito: a Inflação.
A Inflação
A Inflação, de forma bem resumida, é o aumento de preços generalizados. Ou seja, quando você vai ao mercado e percebe que seu suco favorito está mais caro, a inflação é este processo de desvalorização da moeda.
Agora considerando um cenário Macroeconômico, o fenômeno da Inflação acontece principalmente pelo excesso de moeda em circulação em uma economia. Para entender melhor, vou te dar um exemplo hipotético bem prático:
Considere que existem apenas 4 sacos de arroz de 25 reais em um mercado. Um cliente chega e percebe que com 100 reais, ele pode comprar os 4 sacos. Contudo, caso ele tivesse ido com 200 reais, ele ainda levaria 4 sacos, já que não terá mais arroz naquele mercado para atender a demanda.
Ou seja, com o dobro do dinheiro, ele conseguiu comprar a mesma quantidade de arroz, caso ele leve R$ 300, ou R$ 400, continuaria apenas 4 sacos. Mesmo oferecendo 400 reais ainda teriam 4 sacos, ou seja, um saco valeria 100 reais, um número bem maior que os R$ 25 iniciais. Em outras palavras, não importa a quantia, se não produzirem mais arroz, ele poderá comprar apenas os 4 pacotes existentes.
A inflação monetária leva em conta esse fenômeno, por isso, mesmo com um excesso de moeda, se as relações de produtividade de um país não acompanharem o aumento da moeda, a inflação ocorre e a moeda perde seu poder de compra.
Os estímulos americanos
O medo dos investidores da perda de valor do dólar existe graças as medidas que foram tomadas pelo governo americano para tentar evitar uma depressão econômica.
Devido à crise do coronavírus, todo o planeta enfrentou diversos problemas e atrasos econômicos! E na terra do tio Sam não foi diferente.
O país enfrentou alguns problemas. O nível de desemprego só tinha alcançado os valores apresentados em abril de 2020 na década de 40, onde o país literalmente esteve em guerra. A dimensão da pandemia é algo dessa magnitude.
Assim para tentar controlar os problemas econômico, os EUA literalmente injetaram dinheiro na economia, através de pacotes de estímulos e políticas fiscais para tentar controlar os efeitos da pandemia na economia do país:
- Cheques de estímulo: o governo gastou U$561 bilhões em cheques únicos de U$1.200 para quase toda a população e ajudas semanais de U$600 para os mais afetados;
- Comprar títulos de dívida no mercado: o FED comprou em média U$120 bilhões por mês de dívidas corporativas. O objetivo é “garantir” que as empresas terão acesso a financiamento para continuar operando e contratando trabalhadores estadunidenses;
- Apoio à iniciativa privada: foram direcionados U$377 bilhões para pequenas empresas e U$ 510 bilhões para as grandes
Além dessas medidas, recentemente o governo Biden anunciou outra rodada de estímulos de cerca de US$ 1,9 trilhão.
O risco da inflação americana
Percebe o que aconteceu? O governo aumentou a circulação de moeda na economia em uma quantidade gigantesca, e isso não causa inflação? De onde vem os recursos para pagar essas contas?
O governo tem algumas maneiras de arrecadar fundos, entre elas podemos destacar: Imprimir moeda, cobrar impostos ou pegar emprestado.
Na situação de crise, cobrar impostos é inviável. Afinal, aumentar a tributação em cima de uma população que já está sem reservas nem faz sentido.
Assim sobra pegar emprestado e imprimir moeda, que é o que realmente foi feito.
Contudo, o FED (Banco Central americano) não conta que estes estímulos irão causar grandes problemas inflacionários. Você se lembra do exemplo do pacote de arroz? Se houvessem 400 sacos no mercado, o cliente levaria quantos pudesse com seus 100 reais e ainda sobraria uma pilha.
O estímulo monetário tem o propósito de recuperar a atividade econômica do país e aumentar os níveis de produção.
Até o momento, a estratégia do governo parece ser bem acertada e viável, contudo, o risco da inflação existe.
Como proteger seus investimentos
É comum para muitos investidores “fugirem” com suas reservas para os EUA para evitar os problemas brasileiros. Afinal, a moeda e a economia americana sempre se mostraram mais seguros e um cenário bem mais estável que o brasileiro.
Contudo, com esse cenário de uma possível desvalorização do Dólar, se torna muito interessante se proteger das variações cambiais.
E para isso é muito simples, é só lembrar que o mundo não consiste apenas no Brasil e nos EUA. Existem outros 193 países e 178 moedas no mundo.
Mas, por outro lado, é importante lembrar que esse processo de alocação cambial consiste em comprar e vender moeda. Você pode vender seus dólares, mas qual moeda e quanto comprar pode ser uma pergunta bem complicada.
Escolher apenas uma “favorita” e dizer que ela irá valorizar exponencialmente seria uma loucura, então o melhor a se fazer é manter uma carteira bem diversificada, afinal existem outras moedas fortes e países emergentes.
Por fim, é importante lembrar que o Dólar provavelmente continuará sendo a moeda mais poderosa do mundo por muitos anos. Os investidores têm medo de uma possível queda do seu valor atual, que fique mais “fraco”. Então, não deixe de acompanhar as decorrências das mudanças americanas.
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