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Se você é um investidor antenado as novidades do mercado de ações, então está ciente do planejamento do Banco Inter para listar suas ações na Nasdaq, a principal bolsa de valores do mundo. No entanto, os detalhes deste processo ainda estavam bastante nebulosos e a companhia veio ao mercado para explicar este procedimento! Confira agora mais informações.
O que vai acontecer com as ações do Inter
O Inter anunciou detalhes de seu plano para reorganizar a companhia e listar na Nasdaq sob o novo nome de Inter Platform, uma companhia não-financeira que controlará o banco no Brasil. Este planejamento ainda irá passar por votação de acionistas. No entanto, as ações do banco da família Menin já devem aparecer na Nasdaq em 27 ou 28 de outubro.
Assim, surgem inúmeras dúvidas. Afinal, se o Inter vai para bolsa americana, o que vão acontecer com suas ações na B3?
Com a reorganização, os atuais investidores do Inter terão a opção de migrar para as ações “Classe A” listadas lá fora, receber BDRs (recibos lastreados na ação listada lá fora e negociados na B3), ou ainda exercer seu direito de recesso a um preço de R$ 45,84 por unit (BIDI11), sujeito a imposto de ganho de capital. Ou seja, você como acionista do Inter têm três opções:
- Manter as ações e receber BDRs equivalentes ao que você possui;
- Vender suas ações em direito de recesso a um preço fixado de R$ 45,84 por unidade;
- Ou vender as ações em bolsa antes da migração para a Nasdaq.
Para conseguir suprir a potencial saída de investidores (e a compra das units dos mesmos) o Inter já tomou medidas para criar uma linha de crédito de R$ 2 bilhões com bancos parceiros.
Como fica a estrutura societária?
O Inter é um banco de destaque no mercado, afinal, seus gestores são figuras públicas. A família Menin nunca escondeu sua relação com a instituição e preparou medidas para se manter em destaque na gestão da instituição.
A família Menin manterá o controle do banco por meio de ações Class B que têm 10x mais poder de voto que as ações Class A, que serão listadas e detidas por todos os demais acionistas.
O Softbank, que tem 15% da companhia e já era parte de um acordo de acionistas com a família Menin, aderiu antecipadamente à reorganização, abrindo mão do direito de recesso e mostrando que pretende continuar acionista da nova Inter Platform. Ao final do processo, o conglomerado japonês receberá ações Class A do Inter. Ao aumentar o poder de voto dos acionistas controladores, essa estrutura de controle permitirá futuros aumentos de capital sem afetar o controle da empresa.
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