A Petrobras (PETR4) lançou recentemente alguns comunicados a respeito de sua política de preços de combustível que fizeram a XP Investimentos reavaliar a recomendação da ação.
Confira a seguir um resumo dos documentos e a visão dos analistas com as novas informações disponíveis.
Comunicados
A princípio, a Petrobras (PETR4) havia lançado um comunicado em 05 de fevereiro sobre a sua política de preço dos combustíveis em resposta às notícias da mídia.
Em resumo, o último ajuste realizado na política ocorreu em junho de 2020, quando o período limite para apuração para aplicação da política passou de trimestral para anual. Nesse sentido, o ajuste se justificou devido a alta significativa da volatilidadeSensibilidade evidenciada pela cotação de uma ação ou de uma carteira às variações globais do More de preços dos combustíveis. Por outro lado, a Petrobras (PETR4) ressaltou que também adota métricas de monitoramento de preços de curto prazo.
Dessa forma, a política de preços do combustível poderia se situar abaixo do preço de paridade de importação. Entretanto, isso é válido desde que a diferença seja mais do que compensada nos trimestres seguintes. A companhia também afirmou que essa política permanece em vigor, mas pode ser alterada observando o melhor interesse dos seus acionistas.
Após o primeiro comunicado, algumas notícias veicularam o anúncio como uma mudança da política da Petrobras (PETR4).
Sendo assim, a estatal lançou outro comunicado, no domingo (07), para negar as notícias de que houve uma mudança da política comercial da companhia.
“Tal mudança não deve ser confundida, de forma alguma, com modificação de política comercial, de fixação de periodicidade para reajustes ou de metas de desempenho”.
Petrobras, via comunicado.
Portanto, a Petrobras (PETR4) afirmou que segue a precificação de combustíveis alinhada aos preços internacionais convertidos para reais pela taxa de câmbio real/dólar norte-americano.
Recomendação da ação da Petrobras
Conforme os comunicados expostos e a coletiva de imprensa do Governo, os analistas viram uma mensagem positiva, mas com poucas soluções de curto prazo.
Nesse sentido, embora tenham sido mencionadas possíveis reduções do PIS / COFINS do imposto federal, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) exige que uma renúncia fiscal seja compensada por outra fonte de receita.
Além disso, a principal justificativa são os riscos mais elevados de que a política da política de preços dos combustíveis não obedeça a referências internacionais de preços de combustíveis. Ao mesmo tempo, os analistas destacam uma margem adicional para custos de importação por causa dessa política.
“Com base nessa mudança de visão, esperamos margens de refino menores no futuro, não apenas devido às menores margens sobre os combustíveis produzidos nas refinarias, mas também devido às importações de derivados com prejuízo para cobrir a demanda interna (especialmente no caso do diesel)”.
Gabriel Francisco e Maíra Maldonado, analistas da XP.
Portanto, a XP possui agora uma expectativa de resultados mais baixos e menor geração de caixa no futuro, impactando em um menor valor das ações.
Por fim, os analistas Gabriel Francisco e Maíra Maldonado rebaixaram a recomendação da ação da Petrobras para neutro. Além disso, o preço-alvo foi revisto para R$ 32 por ação para PETR4/PETR3 e US$ 12/ADR.
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