Guia do Investidor
ibovespa mercados acoes min
Notícias

Por que as empresas decidem desmembrar ações na bolsa?

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

Na última semana, a Alphabet, empresa controladora do Google, realizou um desdobramento das ações em 20 partes iguais, o que fez com que os papéis caíssem cerca de 95% de US$ 2.200 para cerca de US$ 110. 

O movimento de desdobramento de ações é conhecido como “split”, que acontece quando a empresa tem a intenção de levantar mais capital no momento de realizar um follow-on (oferta de ações subsequentes). No Brasil, a última companhia a realizar o processo foi a Kepler Weber, em maio, quando dividiu seus papéis de um para três. 

De acordo com Rodrigo Azevedo, sócio-fundador da GT Capital, a decisão de realizar um desdobramento ocorre quando o preço de uma ação da empresa está num nível muito superior aos praticados no mercado naquele momento, prejudicando o volume e quantidade de negociações. Segundo ele, com essa decisão, a companhia busca aumentar a liquidez das ações, visto que a um custo menor, mais investidores terão a possibilidade de negociar seus papéis. 

“A principal vantagem para a empresa é o aumento de liquidez, que acaba por proporcionar também uma possibilidade de aumento de volume de negociação, o aumento da base de investidores e até uma certa preferência dentro do seu setor, pois alguns investidores preferem ações com histórico de split, entre outras de fundamentos parecidos”, diz.

Uma das vantagens para o investidor é que ele passa a ter um ativo muito mais líquido, facilitando compras e vendas sem grandes oscilações de preço. Já a principal desvantagem para a empresa, está relacionada aos custos de aviso aos acionistas e ao mercado e os custos operacionais. O aumento de liquidez pode chamar atenção de especuladores, criando assim maior volatilidade para o ativo, o que desagrada investidores mais focados em retornos no médio e longo prazo, afirma.

Rodrigo explica ainda que a decisão de compra de uma ação não deve ser baseada somente na realização de split, já que esse evento por si só não gera valor nem representa qualquer mudança nos fundamentos da companhia. 

“O que costuma ocorrer historicamente é que empresas que decidem realizar o split normalmente vem de um histórico recente de valorização de suas ações, e ao reduzir o preço delas, abrem espaço para retomar ao preço anterior. Independente de pós ou pré-split, o importante é entender os fundamentos por trás da empresa e da decisão de desdobramento“, explica.

Mas como saber se a empresa em que investe irá realizar um split? Segundo o especialista, a companhia precisa informar os acionistas e o mercado através da divulgação de um fato relevante. O investidor pode consultar esses documentos no site da B3 e no site de RI da empresa listada: “É sim um evento comum no nosso mercado, mas a quantidade empresas que tem suas ações no índice Ibovespa que fazem o split é pequeno”.

Leia mais  Top 5: confira as ações recomendadas pela a Terra Investimentos para a semana
Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

BHIA3: Ação das Casas Bahia dispara no pré-feriado

Rodrigo Mahbub Santana

BTG Pactual e Brown University negociam investimento no Fortress

Rodrigo Mahbub Santana

Odontoprev anuncia pagamento de JCP a acionistas

Rodrigo Mahbub Santana

Ações do Grupo Soma na B3 fecham em alta

Rodrigo Mahbub Santana

Boa Safra (SOJA3) lançará oferta pública de R$ 200 mi

Márcia Alves

A Rede D’Or confirmou R$ 300 milhões no pagamento de JCP 

Paola Rocha Schwartz

Deixe seu comentário