Guia do Investidor
image 146
Colunistas

Por uma nova política de preços para os combustíveis

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

Especialista propõe a instituição de diretrizes diferentes para a precificação do petróleo no Brasil

Os recorrentes aumentos de preço no valor dos combustíveis foram um dos principais causadores da inflação. Além dos impactos da pandemia e dos valores no mercado externo, o custo do petróleo no Brasil mudou significativamente a ponto de todos se encontrarem com a mesma indagação: o que está causando isso?

O tema foi conteúdo no #14 episódio do podcast Liberdade em Foco. Coordenado pelo presidente da Fundação da Liberdade Econômica (FLE), Márcio Coimbra, o programa tem como objetivo discutir tópicos que estejam em voga na sociedade à luz do conservadorismo e da liberdade econômica.

Desta vez, o assunto foi “Por uma nova política de preços para os combustíveis” e contou com a participação de Ricardo Caldas, economista e mestre em Ciência Política. Você pode conferir esta conversa no Spotify e no site da fundação.

Causas

Como um grande produtor de petróleo, o Brasil, segundo Coimbra, deveria ter preços mais acessíveis.

“O alto montante empregado para o custeio dos combustíveis gera uma reação em cadeia que chega até o consumidor que precisa arcar com preços elevados de todos os produtos da economia nacional”

Disse.

A Petrobras alega que institui a sua política de preços de acordo com o valor do barril no mercado internacional e também a partir da valorização do dólar frente ao real. O que não faz sentido para o economista:

“Se o consumo de quase todo o petróleo é proveniente de produção nacional, por que a sua precificação precisa ser baseada em tabelas e valores internacionais?”

Indagou Caldas.

Outro fator que influencia no valor final, segundo o especialista, está relacionado ao quase monopólio da estatal na indústria brasileira. Ele considera que a falta de competitividade faz com que os consumidores fiquem à mercê do que é ditado pela empresa.

“Apesar de não ser a única distribuidora em território nacional, o poder dela em relação às outras companhias é desleal. O que é determinado por ela é seguido como uma unanimidade”

Afirma Caldas.

Solução

Leia mais  Etanol, diesel e gasolina caem na primeira semana de dezembro

O cientista político acredita que a alta no preço dos combustíveis acontece pelo fato da Petrobras estar repassando ao consumidor os prejuízos de seus recentes escândalos políticos.

Como solução, ele destaca que é necessário que uma agência reguladora estabeleça o valor do barril.

“Assim como acontece com as companhias de energia, em que as tarifas são ditadas pela ANEEL, o mesmo deveria acontecer com a precificação petrolífera”

Explica ele.

Desta forma, de acordo com o economista, haveria uma regulamentação que evitaria a precificação abusiva na produção. Além disso, o estabelecimento de outras distribuidoras contribuiria para um valor mais baixo já que assim haveria mais competitividade no mercado.

Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Preço da gasolina sobe 2,53% em fevereiro: média nacional é de R$ 5,943

Guia do Investidor

Gasolina poderá ter 35% de alcool em sua mistura

Mateus Sousa

Raízen considera produção de combustível sustentável no Brasil

Mateus Sousa

Preço da gasolina sobe 0,26% na segunda semana de fevereiro

Guia do Investidor

Preço da gasolina sobe 2,64% na primeira semana de fevereiro

Guia do Investidor

Sudeste tem gasolina mais barata do Brasil em janeiro

Guia do Investidor

Deixe seu comentário