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Qual o melhor título de Renda-Rixa para comprar em Fevereiro?

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Você quer apostar na renda-fixa? Nesta semana, o Copom anunciou ao mercado a manutenção da alta taxa de juros (SELIC), e abriu os olhos do mercado para investimentos que possuem rentabilidade atrelada ao indicador mais básico da economia brasileira.

Investimentos em renda fixa são aqueles que oferecem uma taxa de juros fixa e garantida por um período determinado. O investidor sabe exatamente o quanto receberá em juros e o valor do seu investimento no momento da compra do ativo.

O Tesouro Direto é um exemplo de investimento em renda fixa. Neste programa, o investidor compra títulos públicos federais, que são emitidos pelo governo brasileiro e oferecem uma taxa de juros fixa. A rentabilidade é calculada com base na taxa de juros estabelecida no momento da compra do título, e o investimento pode ser resgatado a qualquer momento.

Além do Tesouro Direto, outros exemplos de investimentos em renda fixa incluem títulos corporativos, CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).

Investimentos em renda fixa são uma boa opção para aqueles que buscam uma forma de investimento segura e com rentabilidade previsível, sem grandes oscilações. No entanto, é importante lembrar que a rentabilidade destes investimentos tende a ser menor do que a de investimentos em renda variável, como ações ou fundos de investimento.

O cenário atual para a renda-fixa

A equipe de análise do Santander revela sua análise de cenário para o primeiro m~es do ano, e que dita os rumos dos investimentos em renda-fixa em fevereiro.

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Segundo os analistas, apesar de turbulências ao longo do mês, como as manifestações em Brasília no dia 08/01, que resultaram em invasões às sedes dos Três Poderes, e a sucessão de eventos envolvendo a Americanas, janeiro inaugurou 2023 como um período positivo para o mercado local: a bolsa avançou 3,4%, o dólar recuou 4,0% e o CDS de 5 anos do Brasil recuou ~25 bps.

Também vimos algumas surpresas positivas em termos de divulgação de indicadores, como o Resultado Primário do Governo Central e a Taxa de Desemprego. Por outro lado, a incerteza com o quadro fiscal segue como fonte de preocupação e maior cautela por parte dos investidores locais. Esse aspecto tem se refletido, por exemplo, na desancoragem das expectativas de inflação.

O último Relatório Focus do Banco Central, do dia 30/jan, elevou a projeção do IPCA de 2023 para 5,74% (vs. 5,31% no início de janeiro). A taxa Selic para o fim de 2023 seguiu estável em relação à última projeção, em 12,50%, mas ainda acima do início de janeiro, quando estava em 12,00%.

Atualmente em 13,75%, a expectativa do mercado é de que o Banco Central inicie o corte da taxa básica de juros no 2º semestre do ano.

De olho nos indicadores

Do lado de indicadores, o Resultado Primário do Governo Central (divulgado em 27/jan) mostrou um superávit primário de R$ 4,43 bilhões em dezembro e de R$ 54,1 bilhões no acumulado de 2022, interrompendo a tendência de déficit primário vista nos últimos 8 anos. Tal cenário teve como principal contribuinte a alta dos preços das commodities, em especial o petróleo, observada ao longo de 2022.

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A Taxa de Desemprego (PNAD Contínua), divulgada em 19/jan, mostrou um mercado de trabalho ainda aquecido, arrefecendo de 8,3% (trimestre encerrado em outubro) para 8,1% no trimestre encerrado em novembro. Por outro lado, a surpresa negativa do mês foi o IPCA de dezembro (divulgado em 10/jan), que mostrou um avanço de 0,62% m/m (vs. estimativas de 0,45%), encerrando 2022 com uma alta de 5,79%.

Um dos temas centrais para fevereiro será a retomada dos trabalhos no Congresso Nacional, após o fim do recesso parlamentar. A reforma tributária deve ser um dos temas-chave deste primeiro semestre.

O objetivo central da reforma é simplificar a cobrança de impostos sobre o consumo, unificando as diversas legislações num único IVA (imposto sobre valor agregado).

Além disso, outra mudança importante será na frente dos impostos sobre a renda (eventualmente taxando dividendos e alargando a isenção da tabela de IR).

Atualmente existem duas propostas mais “adiantadas” em termos de tramitação no Congresso e que servirão de ponto de partida para as discussões: a PEC 110/2019, no Senado, e a PEC 45/2020, na Câmara dos Deputados.

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Ações devem perder o brilho com a temporada de resultados

No âmbito corporativo, a temporada de balanços do 4º trimestre de 2022 se intensifica nos meses de fevereiro e março. Além dos resultados em si, os investidores deverão se atentar ao guidance indicado pelas empresas para 2023.

Essa perspectiva será importante para analisar quais setores/empresas irão se diferenciarão longo do ano e quais conseguirão manter (ou aumentar) a atenção do investidor estrangeiro – que acumula no ano um saldo positivo de R$ 10,9 bilhões em compras líquidas de ações brasileiras (até 27/jan).

Qual título do tesouro é ideal para o mês

Por fim, com base nesse contexto doméstico e internacional, a sugestão do Santander continua sendo de alocação no Tesouro IPCA+ principal, com um alongamento tático de duration do título recomendado, optando pelo vencimento de 2035.

Se os ventos domésticos se provarem favoráveis para os ativos de risco (menor ruído pós-eleição, inflação convergindo à meta e promessas de responsabilidade fiscal em 2023), podemos ver um menor prêmio de risco para os títulos públicos reais, favorecendo a marcação a mercado dos mesmos. Caso a percepção de risco piore e o dólar volte a se valorizar, a proteção contra a inflação do título recomendado exercerá sua função.

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