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Quase metade da indústria brasileira planeja ou já aderiu à inovação verde

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Reconhecendo a necessidade de reduzir os impactos causados no meio ambiente, o setor industrial tem investido na chamada “inovação verde”, conceito que abrange tecnologias direcionadas a esta finalidade. Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Industrial (CNI), em agosto do ano passado, mostrou que 47% das indústrias brasileiras têm projetos ou planos de ação formal nesse sentido. 

De acordo com o levantamento, 30% das empresas têm projetos em andamento, enquanto 17% contam com planos já aprovados. Outros 28% vêm estudando a adoção de medidas inovadoras relacionadas à sustentabilidade. Já 19% não estão desenvolvendo nenhuma ação na área.  

Os motivos para o interesse das indústrias pela inovação verde são vários, conforme da CNI. Investir na área significa a redução de impactos ao meio ambiente, o aumento da eficiência dos recursos e a consolidação do uso de novas tecnologias. 

O setor tem passado por um processo de modernização com a implantação da “Indústria 4.0”, na década de 2010, definida como o período de integração das tecnologias digitais aos processos industriais para aumentar a produtividade, a qualidade e a competitividade, como explica o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Desde 2020, o setor caminha para a chamada “Indústria 5.0”, momento em que máquinas e pessoas se unem para uma produção inovadora, criativa e sustentável, que agrega valor aos produtos, conforme o Sebrae.

Nesse processo de modernização, as soluções inteligentes tornaram-se uma realidade para o setor. Um exemplo é o sistema ERP, que realiza a integração dos departamentos, possibilitando o gerenciamento das informações e a redução de desperdícios, como explica a Fundação Instituto de Administração (FIA). A sigla ERP é originária dos termos em inglês Enterprise Resources Planning.

Compromisso ambiental na prática

A inovação verde, ou ecoinovação, é aquela que prioriza a redução do impacto ambiental, por meio da implementação de produtos e serviços que garantam o aumento da eficiência dos recursos utilizados. Na prática, o conceito combina princípios da inovação com o compromisso de cuidar do meio ambiente, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).  

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A ideia não é nova, mas sua relevância vem ganhando força nos últimos anos, quando a sociedade passou a reconhecer a urgência da necessidade de ações sustentáveis. A tecnologia tem buscado alinhar a pauta ao desenvolvimento de soluções inteligentes, mesmo aquelas que não são consideradas propriamente uma inovação verde.

O modo como funciona o MRP é um exemplo. A sigla se refere à Manufacturing Resource Planning ou Material Requirements Planning, uma ferramenta de planejamento de recursos da manufatura, que realiza cálculos com objetivo de compreender melhor sobre os processos, garantindo o controle de recursos necessários para não haver desperdícios, como explica o Sebrae.

De acordo com a OCDE, a ecoinovação pode se fazer presente na indústria por meio de inovações tecnológicas, ações de marketing e iniciativas institucionais. Em entrevista à imprensa, o presidente da CNI, Robson Braga, afirma que o conceito está se disseminando no setor, mas ainda há desafios a serem superados. 

Ele destaca a necessidade de apoiar as pequenas empresas a embarcarem nessa jornada, considerada uma tendência para os planos estratégicos da indústria brasileira. Os pequenos negócios correspondem a 99% das empresas ativas no país, segundo dados da Receita Federal.

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Vantagens às empresas

A adoção de inovações verdes pode trazer benefícios para as indústrias brasileiras. Conforme aponta o Instituto de Desenvolvimento Social, Gestão e Tecnologia (IDESG), o primeiro aspecto positivo que pode ser observado é a redução de custos, já que grande parte dessas iniciativas promove a otimização de recursos, a diminuição de desperdícios e emissões de poluentes, que geram multas. 

Outro benefício destacado pelo instituto é o aumento da produtividade, pois ao melhorar os processos e a qualidade dos produtos e serviços, há aumento do potencial produtivo. A reputação da indústria também sai ganhando. Marcas que demonstram responsabilidade ambiental e compromisso com o desenvolvimento sustentável conquistam uma imagem positiva no mercado, sendo considerada um diferencial competitivo, como explica o IDESG. 


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