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Quatro em cada dez moradores da região Nordeste querem comprar imóveis, aponta levantamento ABRAINC-Brain

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Dados foram apresentados durante Webinar nesta quarta-feira (1º/6); patamar é superior à média nacional, que é de 35%

Quatro em cada dez moradores dos estados do Nordeste estão em busca de um novo imóvel, seja para investimento, sair do aluguel ou simplesmente ter um novo lar. É o que indica um levantamento feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e a Brain Inteligência e Estratégia, apresentado nesta quarta-feira (1º/6), durante o webinar “Os Desafios do Mercado Imobiliário no Nordeste”.

A pesquisa revela que o interesse do consumidor nordestino é de 40%, superior à média nacional, que é de 35%. Dos moradores dos nove Estados, 3% começaram a visitar stands de vendas, 6% realizam buscas pela internet e 31% ainda não começaram a procura.

Na região, 22% das pessoas com intenção de comprar um novo imóvel pretendem fazer o negócio em até 12 meses, sendo 2% deste total nos próximos seis meses. Por sua vez, 48% tem a mesma intenção de compra, mas em um prazo maior: entre 12 e 24 meses e 30% vão levar mais de dois anos.

O levantamento também destacou que 47% dos nordestinos optam por apartamentos, enquanto 41% preferem por casas ou sobrados, enquanto 19% desejam imóveis em condomínio fechado (19%) ou terrenos (11%).

Desafios – Apesar do propósito de comprar um imóvel, alguns desafios no cenário macroeconômico brasileiro podem ser determinantes na hora da tomada de decisão. Para 50% dos respondentes, o aumento da inflação pode ser um empecilho; 21% temem o aumento no desemprego; outros 19% acreditam que o cenário econômico complicado em um ano eleitoral impõe cuidados na hora da compra; enquanto 15% creditam a dificuldade a um aumento na taxa de juros para financiamentos, além do baixo crescimento econômico (7%) e pandemia (3%).

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Fabio Tadeu Araújo, CEO da Brain Inteligência e Estratégia, relatou que apesar das expectativas de alta no comportamento inflacionário, juros e desemprego, os nordestinos parecem bem otimistas e com perspectivas de novas aquisições.

“Uma coisa interessante é que no Nordeste se busca mais apartamentos do que casas e, das buscas, 15% são para imóveis residenciais e de lazer”

Explicou.

Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, os dados indicam a perspectiva de um futuro promissor do mercado imobiliário nordestino, que está em um processo de retomada, após a crise da Covid-19, e com boas perspectivas de crescimento. Ele lembrou que o déficit habitacional no Nordeste corresponde a 27% de todo o território nacional e a diminuição dele, com o consequente desenvolvimento do setor, passa por mudanças nos planos diretores das cidades.

Durante o webinar, o presidente da ABRAINC destacou que as medidas podem ajudar no desenvolvimento das cidades, oferecer incentivos e otimizar os lançamentos do mercado à população, com produtos adequados à capacidade aquisitiva dos moradores.

“A demanda para habitação do Nordeste, até 2030, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), é de 3,2 milhões de famílias”

Pontuou o executivo, que acrescentou a necessidade de revisões nos estatutos das cidades.

“É necessário, porque a coisa mais importante do Plano Diretor é atender a necessidade do comprador, pois ele é aquela pessoa que vai morar naquela região e no imóvel.”

França também ressaltou a carência de medidas de incentivos para imóveis populares, como o do programa Casa Verde e Amarela (CVA) e defendeu o aumento do prazo de financiamento para 35 anos, além de aportes no setor.

“É preciso um subsídio para que as pessoas possam comprar um imóvel, dado que houve uma perda de renda bastante grande. Fazendo isto você tem um equilíbrio melhor para que possamos atender a população de baixa renda”

Finaliza.

Números do NE – Nos últimos cinco anos, foram lançadas mais de 110 mil unidades habitacionais apenas nas capitais nordestinas. Salvador (BA) concentrou a maioria dos novos lançamentos com 20.571 empreendimentos no período, o que representa 19% do total, ante 18.545 de João Pessoa (PB) e 15.387 de Fortaleza (CE). A capital pernambucana, Recife, teve 13.670 novos imóveis no período, acompanhada de perto por Maceió (AL) 12.449. Fecham a lista São Luís (MA), com 9.392; Teresina (PI), com 8.496, Aracajú (SE), com 6.835 e Natal (RN) tendo 5.615.

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O webinar pode ser acompanhado na íntegra neste link.

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