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O investidor está sempre a procura de entender o que realmente acontece no mercado de capitais. Afinal, estar a par de tudo que afeta as mais de 500 empresas listadas na B3 é uma tarefa complicada (e praticamente impossível). O que gera dúvidas e desconfiança entre os investidores menos experientes. Pensando nisso, hoje conversaremos um pouco sobre uma linha de tendência que afeta drasticamente os rumos do mercado brasileiro. Curioso para saber mais?
As tendências da economia brasileira
Quando estamos falando do mercado de capitais, estamos falando diretamente de economia. As movimentações no contexto macroeconomia estão sempre alterando as linhas de tendência do mercado, e que funcionam como verdadeiras “bussolas” dentro da bolsa de valores.
A tendência seria nada mais que o que está “bombando” no momento, e estas tendências são definidas pelas movimentações do mercado. Parece confuso, mas vamos explicar.
Pense em um seguinte exemplo: com a explosão da crise Covid ao redor do globo, o mercado de capitais ruiu. Com as paralisações das linhas de produções devido aos lockdowns, alguns dos setores mais básicos da economia pararam da noite para o dia. Esse movimento foi diretamente exposto nas ações das companhias mais afetadas, e que ainda estão “nadando contra a correnteza”. A tendência dita estes movimentos, e estar de olho no que acontece no mercado é um dos elementos primários para saber se portar frente aos desafios cotidianos no mercado de capitais.
É claro que como investidores estamos expostos às tendências de curto prazo. Afinal, apesar da crise, (por exemplo da Covid) ter “batido com força” no mercado, em algum momento ela vai acabar. E é exatamente neste quesito que os melhores investidores do mundo se destacam.
As tendências existem, e elas norteiam o mercado, então como aproveitar este movimento, mas no longo prazo? Como indicam grandes investidores como Warren Buffett?
O que veio para ficar
Neste sentido, um bom investidor está antenado as tendências sem prazo. Ou seja, elementos que fazem parte do cotidiano, primordial dentro da bolsa de valores. Entender esta relação é simples, basta observar os pesos do principal indicador do mercado: o índice ibovespa.
A economia brasileira, desde a sua formação (devido as práticas coloniais) tem práticas extrativistas e de exploração.
Por isso, temos uma economia produtora de recursos primários, e exportadora de insumos sem valor agregado. A quem critique esta cultura, mas a realidade da economia brasileira está longe de mudar.
Desse modo, nossa economia se destaca principalmente em duas commodities: O Petróleo e seus derivados, e o minério de ferro. A relação fica clara pelo Ibovespa, onde juntas, as ações dos setores citados representam 34,87% do indicador.
Setor | Peso (%) no Ibovespa |
---|---|
Mats Básicos / Mineração | 16,593 |
Mats Básicos / Sid Metalurgia | 2,625 |
Petróleo/ Gás e Biocombustíveis | 15,652 |
Total | 34,87 |
Tome cuidado com as volatilidades
Com um destaque bem definido no mercado, estes setores representam uma fatia crucial da economia brasileira, e, portanto, dos seus investimentos se você ainda não diversifica globalmente seus investimentos. No entanto, o desempenho destas ações no curto prazo estão mais ligadas ao desempenho de suas commodities de referência no mercado, do que realmente de seus dados de desempenho operacional.
Afinal, estes papéis mantêm seu desempenho diretamente atrelado as movimentações destas commodities, e que quando não estão de “bom humor” levam uma grande parcela do otimismo do mercado para o “buraco”. Ainda dúvida? Confira no gráfico abaixo a correlação existente entre os papéis da Petrobras (PETR4) e o Petróleo nos últimos 5 anos:
Estar a par das movimentações destas duas commodities é uma boa forma de prever os movimentos do mercado, afinal estas ações tem muito peso no indicador que mede o bom humor do mercado. Domine estas commodities, e domine seus investimentos.
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