Você já pensou em Renda Fixa para 2022? Ao longo dos últimos anos, os títulos do tesouro perderam grande parte de seu brilho. Afinal, a Renda Fixa, na maior parte dos casos, está diretamente atrelada a taxa básica de juros da economia (SELIC). A curva veio caindo nos últimos anos e vimos os investidores optarem pela Bolsa.
No entanto, será que chegou o momento de voltar para os velhos e confiáveis títulos do tesouro? Confira agora motivos e estratégias de Renda Fixa para 2022!
Renda fixa x Renda Variável
Primeiramente, é importante entender o comportamento da economia e como os ciclos se apresentam nos investimentos nos últimos anos. Afinal, se vamos retornar a renda fixa, precisamos de motivos para isso não é mesmo?
Assim, o primeiro comportamento que você precisa entender, é o da curva de juros nos últimos anos. Para os mais leigos do mercado financeiro, vou deixar bastante claro dois pontos: quando estamos falando de investimentos, as principais classes são: a Renda Fixa, e a Renda Variável.
Suponho que você, como leitor do Guia do Investidor, já está bastante familiarizado com ambos os termos, mas é sempre bom relembrar.
A Renda Variável, como o próprio nome indica, representa a categoria de investimentos suscetível a variações. O maior e mais claro exemplo disso é a bolsa de valores e suas ações, que se modificam diariamente. Por outro lado, temos também a Renda Fixa, que apresenta rentabilidade constante e pré-fixada.
Desse modo, fica claro a particularidade de cada uma das modalidades de investimentos. E é claro que cada investimento se enquadra melhor nos diferentes perfis de investidores.
No entanto, a diferença das modalidades de investimentos são bastante voláteis. Por isso, é errado dizer que a renda fixa é melhor que a variável, e vice-versa. Afinal, tudo isso depende do momento, e em como você faz a leitura da economia para alocar seus investimentos.
A Renda Fixa e a Selic
Quando estamos falando de momento, estamos falando do comportamento atual da economia. E bem, somente isso deixa bem claro que as variações acontecem.
Desse modo, antes de entrar na Renda Fixa para 2022, é importante compreender o movimento dos “momentos” da economia nos últimos anos. No entanto, para a nossa sorte, quando estamos falando de Renda fixa x Renda variável, existe uma ótima e clara explicação que expõe as principais movimentações dos investidores, a taxa Selic.
Afinal, os títulos de renda fixa, precisam ser pré-fixados com antecedência não é mesmo? Se não, não seriam de renda fixa. Desse modo, a “régua” geral dos títulos de renda-fixa, é a taxa Selic.
A taxa Selic, resumidamente, é a taxa básica de juros da economia. Ou seja, é a taxa de referência para os principais modelos de financiamento e rentabilidade da economia brasileira.
A Selic é o principal mecanismo para apontar a vencedora da disputa de Renda Variável x Renda Fixa. Afinal, a maior parte dos títulos de renda fixa, são pré-fixados nesta taxa. (Além de outros mecanismos de proteção, como a inflação).
2020: o momento da Renda Variável
Neste contexto, se enquadra as movimentações da taxa Selic, e suas consequências para o mercado de ações nos últimos anos.
Com o início do ciclo de forte queda dos juros a partir de 2016, muitos investidores passaram a se interessar por investir na Bolsa. Com isso, o número de pessoas apostando em ações cresceu e a renda fixa foi colocada para escanteio.
Em 2020 e até no início de 2021, com a taxa de juros em +2 por cento, os investidores olhavam para a renda fixa como algo sem risco e sem perspectiva de grandes retornos. Afinal, uma rentabilidade anual de 2% pode ser alcançada facilmente sem muito estudo na bolsa de valores.

Em agosto do ano passado, quando a taxa de juros saiu de +4,25 por cento para +5,25 por cento ao ano, a classe de ativos voltou a ficar interessante. Afinal, os rendimentos de renda fixa, apresentam menos risco que a bolsa.
Em 2021, a Selic fechou aos +9,25 por cento ao ano, o maior patamar desde 2017, e o mercado espera novas elevações, podendo superar os +11 por cento neste ano. Será o momento de olhar a Renda Fixa para 2022?
Avaliando o contexto macroeconômico, é inegável que a renda fixa está bastante convidativa para investimentos.
Não só pelos rendimentos de dois dígitos, mas também pelo fato de poder ser um mecanismo de proteção do seu patrimônio, principalmente no ano de eleição presidencial, que costuma ser um período de alta volatilidade no mercado.
Qual a melhor opção?
Portanto, se você chegou aqui, já percebeu que o novo ciclo de alta recente das taxas de juros e da inflação, trouxe um novo brilho para os investimentos de renda fixa. Assim, você já deve estar até mesmo se perguntando: qual o melhor título de renda Fixa para 2022?
Primeiramente, você precisa entender que a renda fixa, bem… não é fixa.
Existem diferentes categorias de títulos de renda fixa. Os mais famosos são os títulos do tesouro, um mecanismo do governo para captar mais recursos.
Em resumo, um título de renda fixa é um título de capitalização, você empresta dinheiro para X instituição, e recebe um retorno com juros. Bem prático não?
Você pode investir em títulos pós-fixados emprestando para o governo por meio do Tesouro Selic (também conhecido por ser o título do emissor mais seguro da economia), emprestando para bancos por meio de LCIs, LCAs e CDBs ou emprestando para empresas por meio de Debêntures, CRIs e CRAs.
Vamos pegar, por exemplo, os atrelados ao IPCA, que são títulos híbridos com um componente pós-fixado que te devolvem a inflação, mas também têm um componente prefixado, que é o juro real.
Se a inflação subir muito, de modo a fazer o mercado reprecificar de uma maneira ainda mais forte a necessidade de juros para cima, o componente prefixado (juro real) sobe e gera uma marcação a mercado negativa.
Desse modo, cada título vai ter sua própria vantagem e desvantagem, cabe a você investidor analisar a melhor opção para seu perfil.
Qual o melhor título de renda fixa para 2022?
No entanto, se você veio aqui em busca de respostas para o melhor título de renda fixa para 2022, porque não investir no seguro?
Os diferentes títulos possuem diferentes indexações. Mas pensando no cenário de alta de juros a longo prazo, uma interessante opção é o título pré-fixado a Selic. Assim, você pode conferir os detalhes dos tesouros clicando aqui.
Título | Rentabilidade anual | Investimento mínimo | Vencimento |
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Tesouro Selic 2024 | Selic+0,1075% | R$ 112,04 | 01/09/2024 |
Tesouro Selic 2027 | Selic+0,2480% | R$ 110,94 | 01/03/2027 |
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