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O novo coronavírus trouxe impactos históricos, sociais e culturais para a sociedade. Portanto, a situação não seria diferente para os setores da economia. No Brasil, houve o agravamento econômico em meados de março, quando o vírus teve sua expansão e, assim, o isolamento social do país.
Os investidores tiveram sua atenção voltada para as medidas que seriam adotadas pelas empresas como forma de minimizar o impacto da pandemia.
Com os dados dos balanços do segundo trimestre, agora será possível analisar o desempenho das empresas no cenário mais agravante da economia em abril. Ademais, será possível avaliar como está ocorrendo a recuperação das companhias referente aos meses seguintes.
Descubra abaixo alguns dos principais resultados do mercado e suas perspectivas no cenário atual.
Índice de conteúdo
Boa recuperação dos frigoríficos
Segundo especialistas, a projeção para o setor de frigoríficos é bastante positiva para o próximo período. Embora o setor tenha realizado o fechamento de diversas unidades e a paralisação de exportação para alguns países, diversos analistas apostam em algumas companhias que indicam apresentar bons resultados.
Nesse sentido, um dos grandes destaques é a expectativa gerada pelos resultados apresentados pela Marfrig (MRFG3). O otimismo se dá por conta da desvalorização do real, que alavanca o resultado das operações fora do país. Segundo o Credit Suisse, o Ebitda deverá alcançar o considerável número de R$ 7,457 bilhões, o maior da história.
Há a previsão positiva também para a JBS (JBSS3). Já para a BRF (BRFS3), a expectativa é positiva, porém, com possível desaceleração e cuidado com o que se espera das exportações de frango para o semestre seguinte.
A problemática das siderúrgicas
Segundo os analistas do Itaú BBA, a Usiminas (USIM5) sofrerá uma drástica queda do Ebitda na comparação trimestral, resultando na baixa de 67%. Ainda, os especialistas apontam uma projeção de incrementos trimestrais de Ebitda de 39% para a CSN e 35% para a Vale.
Após o prejuízo de cerca de R$ 48 bilhões relativos ao primeiro trimestre do ano, a Petrobrás (PETR3;PETR4) também conta com a expectativa de recuperação da empresa por conta do desempenho da commodity no segundo trimestre.
Portanto, para o setor siderúrgico, a perspectiva é a possível pequena melhoria no final do trimestre.
O destaque do e-commerce no varejo
Como era esperado, os resultados das empresas de e-commerce estão sendo avaliados de perto por todo o mercado.
A companhia B2W (BTOW3) (detentora das marcas Submarino, Americanas.com, Shoptime e Sou Barato) registrou a maior alta do Ibovespa no primeiro semestre. Dentro desse contexto, também há os destaques para Via Varejo (VVAR3) que recentemente divulgou dados não-auditados no Twitter, impulsionando, dessa forma, as ações no pregão de 20 de julho.
Em relação a Magazine Luiza (MGLU3), espera-se uma desaceleração do crescimento das vendas em geral devido ao fechamento das lojas durante a pandemia, conforme apontamento dos analistas do Morgan.
O setor de alimentos e bebidas
Embora há uma expectativa alta para as vendas no setor, as margens devem seguir sob pressão devido a alteração dos produtos consumidos e despesas ligadas ao coronavírus. Portanto, especialistas apontam dados não tão animadores para o Carrefour (CRFB3) e o Pão de Açúcar (PCAR3).
Cenário desfavorável para a Ambev
Embora a expectativa não seja tão positiva para o setor de alimentos e bebidas, o cenário parece não ser tão desolador. No caso da Ambev (ABEV3), por exemplo, espera-se a apresentação de números mistos, pois houve o relaxamento do isolamento social de maneira mais rápida e a ausência de concorrência nos supermercados. No entanto, a situação mais preocupante é a previsão de queda de 33% do Ebitda da companhia referente ao mesmo período no ano passado.
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