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A Oi (OIBR3) possui o título de maior operadora de telefonia fixa do Brasil. Além disso, é a quarta maior operadora de telefonia móvel nacional e a terceira maior empresa do setor de telecomunicações na América do Sul. Apesar dos títulos e feitos, a companhia passa por um processo de recuperação judicial que, por si só, já confere riscos aos acionistas. Mas além disso, existem outros fatores de risco em investir nas ações OIBR3?
De antemão podemos afirmar que existem diversos riscos em investir nesses papéis, tanto quanto em qualquer outro. Mas não é difícil encontrar o motivo chave dos possíveis desastres em investimentos, este ponto está quase sempre na falta de educação financeira.
Sendo assim, cabe destacar que a renda variável é naturalmente arriscada, uma vez que está ligada à impossibilidade de prever até os resultados mais próximos. Ou seja, somar a imprevisibilidade com a falta de preparo ou estratégia por parte do investidor pode gerar um resultado fatal.
O Guia do Investidor adianta que para qualquer investidor, a chave do sucesso está na diversificação da carteira, bem como em saber diferenciar ações para se ter como base, e as ações de risco. Os formatos de estratégias são diversos, mas precisam ser estudados, alinhados com as metas de futuro ou intenções do investidor. Lembre-se que diminuir seus pontos de fragilidade é mais importante do que apenas aumentar seus pontos fortes, como nos ensinou Taleb, em seu livro Antifrágil!
Sobre a Oi e suas ações
Em primeiro lugar, vale destacar que a boa gestão pode fazer toda diferença, inclusive para a forma como o mercado olha para uma companhia. Sendo assim, este é o caso da Oi (OIBR3), que conta com um executivo de renome à sua frente. Mas poucos investidores compreendem a história por trás dos avanços da Oi e suas ações.
A companhia promoveu aquisições no passado, mas para isto, se tornou altamente alavancada. Além disso, a partir de 2002, começou a frequentar os noticiários, não mais como a queridinha de seu segmento, mas pelos escândalos nos quais eventualmente era citada, inclusive nos processos da operação Lava-jato.
Foram 11 presidentes ao longo de 18 anos (entre 1998 e 2016), o que justifica a falta de consistência nas operações anteriores da companhia. Neste período, a telefônica também foi palco de brigas entre os sócios e investidores, o que trouxe ao mercado a queda na confiança.
Todo processo possui uma história que precisa ser relembrada, por isso, destacamos que raras empresas saem bem de uma recuperação judicial. Acontece que a maior preocupação em torno de uma instituição no processo de recuperação judicial é a possibilidade de falência, que as acompanha como fantasma.
Este não parece ser o futuro da Oi, que está cumprido seu papel em relação ao processo, assim como está diminuindo sua estrutura de forma estratégica, conforme a proposta apresentada no pedido de recuperação. Estas atitudes influenciam fortemente no preço de suas ações, que dispararam ao longo do ano.
Maiores riscos
- Risco de falência
- Alto endividamento
- Possíveis mudanças tecnológicas
- Rendimentos passados não garantem os futuros
- Despreparo por parte do novo investidor
Ao longo dos dez últimos anos, a cotação das ações da Oi passou por um relevante processo de queda, e saiu de R$ 360 em 2009, para R$ 0,90 em 2019. Entretanto, houve uma valorização de 152% nestes papéis apenas em 2020, na comparação ano a ano.
Em suma, boa parte desta valorização está nas mãos dos investidores que torcem pelo sucesso da companhia ao comprarem as ações, mas não promovem estudos fundamentalistas ou técnicos em virtude de validar sua posição.
Por fim, para conferir uma análise completa sobre a Oi, o desempenho de suas ações e a recomendação por parte de profissionais, basta clicar aqui!
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