A vitória recente da Santos Brasil (STBP3) sobre o edital para exploração temporária de uma nova área em Saboó, no Porto de Santos, para além de uma oportunidade, também foi considerada uma movimentação estratégica na visão dos analistas do BTG Pactual.
Nesse sentido, o banco apresentou detalhes sobre a novidade, bem como mostrou sua tese de investimento.
Santos Brasil e o edital
A Santos Brasil (STBP3) anunciou que a sua proposta ficou em primeiro lugar na classificação das ofertas de exploração para o cais de Saboó, sendo a vitoriosa do edital. Nesse sentido, ela conquistou o direito de explorar uma área de 64 km² do cais, por 180 dias, localizada na margem direita do Porto de Santos.
Dessa maneira, a empresa informou, via fato relevante, que durante o período irá movimentar contêineres vazios, bem como cargas gerais e de projeto.
De acordo com o BTG Pactual, o Porto de Santos vem concedendo licenças temporárias a terminais anteriormente não utilizados, sobretudo de concessões expiradas, resultando em aumento do volume total.
Do ponto de vista do banco, essa é uma medida positiva vinda da nova gestão da SPA, antiga CODESP, que lança bases para uma privatização, conforme os planos do governo.
Além disso, a vitória da Santos Brasil (STBP3) no edital foi vista como uma movimentação estratégica, segundo os analistas e sua tese de investimento.
Tese do BTG Pactual
A princípio, o time de analistas formado Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Ricardo Cavalieri considerou a notícia recente e outros dados para a avaliação.
Sendo assim, vale dizer que a nova licença temporária dá acesso a outro terminal em Saboó sob controle da Santos Brasil (STBP3). Nesse sentido, a licença do outro espaço, denominado “Área 2”, veio em 2019 (aliás, já renovada), possuindo área de 42 km² . Aqui, a companhia movimenta carga geral, incluindo celulose.
Aliado à expansão em curso de seu outro terminal Tecon Santos, a companhia dá sinais de que segue focada no crescimento da capacidade em Santos.
“Como já mencionamos, as operações temporárias darão à empresa uma leitura importante do terminal, que deverá ser leiloado no futuro”.
Analistas do BTG Pactual.
Além disso, outros fatores levados em consideração são: perspectivas favoráveis para o setor portuário e de infraestrutura, TIR atrativa de 8% (termos reais) e a recuperação operacional mais rápida do que o esperado. Para esse último item, o BTG destaca o terminal Tecon Santos reportando uma recuperação de volume sólida em dezembro, com alta de 17% a.a.
Também é positiva a captação da Santos Brasil (STBP3) de R$ 790 milhões por meio de um follow–on, ocorrido em 2020. Com ela, a companhia pode “aproveitar o ousado pipeline a ser leiloado neste ano”, segundo o relatório.
Ademais, também há o contrato com a Maersk para expirar em março. Conforme os analistas, o desequilíbrio entre oferta e demanda pode gerar um aumento de preço de dois dígitos, sendo estimado em cerca de 20%.
“Momento positivo, especialmente considerando a dinâmica de suporte da indústria para aumentos de preços devido ao desequilíbrio de oferta / demanda”.
Analistas do BTG Pactual.
Portanto, a novidade reforça a visão positiva dos analistas sobre a Santos Brasil (STBP3), bem como suas perspectivas futuras.
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