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Ex-CEO da Alameda, Caroline Ellison, acusa Sam Bankman-Fried (SBF) de manipular o preço do Bitcoin e revela práticas financeiras questionáveis da FTX.
Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, fez sérias acusações contra Sam Bankman-Fried, conhecido como SBF, durante seu depoimento em julgamento. Ellison afirmou que SBF tinha intenções de manipular o preço do Bitcoin, orientando a Alameda a vender BTC quando estivesse acima de US$ 20 mil.
Além disso, ela trouxe à luz preocupações sobre as práticas financeiras da FTX, revelando que a Alameda recebeu empréstimos de US$ 14 bilhões da FTX, dinheiro que pertencia aos clientes da exchange. Estas alegações levantam dúvidas sobre a transparência financeira das empresas e a integridade de SBF.
Práticas financeiras questionáveis da FTX são expostas por ex-CEO
Em recente depoimento, Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, trouxe à tona acusações graves contra Sam Bankman-Fried, também conhecido como SBF. Segundo Ellison, SBF teria enviado uma nota à Alameda instruindo a empresa a vender Bitcoin de suas reservas sempre que o preço estivesse acima de US$ 20 mil. Esta orientação sugere uma tentativa deliberada de manter o valor da criptomoeda abaixo desse patamar.
O impacto dessas alegadas intervenções no mercado de moedas digitais é significativo. O preço do Bitcoin chegou a cair abaixo de US$ 20.000 em novembro, pouco antes de uma queda significativa da FTX, e permaneceu nesse nível até janeiro de 2023.
Além das acusações de manipulação, Ellison também levantou preocupações sobre as práticas financeiras da FTX. Ela revelou que a Alameda havia recebido empréstimos da FTX no valor de US$ 14 bilhões. No entanto, esse dinheiro não pertencia à exchange, mas sim aos seus clientes. Estes empréstimos, que foram autorizados pessoalmente por SBF, foram utilizados para quitar dívidas e servir de garantia para diversos investimentos.
Ellison também mencionou um episódio envolvendo a plataforma de empréstimo Genesis, que solicitou um empréstimo de US$ 500 milhões da FTX devido à sua insolvência. Apesar das garantias duvidosas, SBF teria autorizado o envio do dinheiro.
À medida que o julgamento avança, a defesa de SBF tenta invalidar as alegações, enfatizando o papel do conselho da FTX nos empréstimos concedidos à Alameda. No entanto, o juiz Lewis A. Kaplan rejeitou os apelos da defesa, mantendo as acusações contra SBF.
Julgamento cofundador da FTX, inicia com alegações de fraude e conspiração
Na quarta-feira (04), teve início o julgamento de Sam Bankman-Fried, conhecido como SBF e cofundador da FTX, nos Estados Unidos. O Departamento de Justiça dos EUA não poupou palavras ao descrever o que alega ser um dos maiores golpes financeiros do país.
De acordo com o DOJ, o esquema de SBF era um “castelo de cartas construído sobre uma mentira”. O procurador assistente dos EUA, Nathan Rehn, afirmou que eles apresentariam provas e testemunhas que comprovariam que SBF “mentiu para seus clientes” e usou o dinheiro deles para comprar “poder e influência”.
Rehn detalhou que SBF “despejou dinheiro de outras pessoas em investimentos” e “gastou esse dinheiro de todas as maneiras consigo mesmo”. Além disso, ele alegou que SBF usou o dinheiro para fazer doações políticas em troca de favores de pessoas poderosas no Capitólio.
O procurador também argumentou que Bankman-Fried desviou fundos dos clientes para uma “empresa menor e secreta” chamada Alameda Research e usou mais de US$ 10 bilhões da FTX para pagar as dívidas da Alameda, inclusive criando demonstrações financeiras falsas para encobrir suas ações. Esses documentos falsos vazaram na internet, desencadeando o colapso da FTX.
A defesa de Bankman-Fried contra-atacou, afirmando que o ex-fundador da FTX agiu de boa fé e que o colapso da empresa não foi sua culpa, mas sim de Caroline Ellison, CEO da Alameda e ex-namorada de SBF. Eles alegam que Ellison não instalou as salvaguardas necessárias, o que levou ao colapso.
Os advogados ainda enfatizaram que SBF nunca teve a intenção de roubar o dinheiro dos clientes e que as relações próximas entre a FTX e a Alameda eram legítimas.
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