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Selic: Aumento gradual da Selic precisa parar, diz Abit

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Inflação é global e aumento da Selic tem efeito muito limitado para reduzir preços, pondera o presidente da Abit

Aumento mundial de preços e redução da renda média já constituem a tempestade perfeita para provocar retração do consumo, objetivo do aumento dos juros

Ao analisar as estimativas de que a Selic passou de 11,75% ao ano para 12,75% no anúncio a ser feito pelo Copom nesta quarta-feira, 4 de maio, Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), salienta que o Brasil saiu na frente de outros países na elevação dos juros e está hoje com taxas reais muito elevadas, entre as maiores do mundo.

Segundo Pimentel, é certo que haverá movimentos dos países desenvolvidos, começando com os Estados Unidos e depois os da União Europeia, que provocarão realinhamentos relevantes no valor das moedas e dos preços. É preciso considerar, também, que parte desse aumento da inflação global advém do excesso de liquidez estabelecido para se combater a pandemia.

No Brasil, não há o efeito de aumento de demanda, como ocorre em algumas nações desenvolvidas. “Portanto, no nosso caso a questão é muito mais de oferta, que não aumentará a partir da subida das taxas de juros”, explica o presidente da Abit, ponderando: “Temos de analisar o nosso país e o mundo. Aqui, já temos uma das três maiores taxas de juros do planeta, as empresas já estão sentindo isso e não existe razão para mais um aperto monetário, a despeito das surpresas relativas aos índices inflacionários recém-divulgados”.

Por todas essas razões, a Abit entende que passou da hora de parar com a escalada da Selic, pois a economia já está sofrendo, o consumo andando de lado e as famílias, endividadas. “Assim, não há mais motivo para esse torniquete monetário, que aumenta o custo de carregamento da dívida do governo e o do financiamento das atividades produtivas”, opina.

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No Brasil, não há pressão de demanda, acentua Pimentel, concluindo: “Temos, sim, um choque de oferta, para o qual os juros altos não resolvem. É hora de analisar muito bem a questão e a conjuntura nacional e mundial. Caso contrário, corre-se o risco de matar o paciente com uma dose do remédio que está além da conta”.

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