Esta semana teremos a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que definirá a taxa básica de juros para os próximos 45 dias. Dessa forma, as expectativas do mercado apontam para uma elevação da 150 bps, levando a Selic para 9,25% ao ano. Isto é, uma elevação com a mesma magnitude da última, assim como Roberto Campos Neto tem reforçado.
Contudo, as sequenciais elevações da Selic colocam em risco o crescimento da atividade econômica em 2022. Afinal, por meio dos transmissores da política monetária, sabemos que uma elevação da taxa de juros desaquece a economia. Isto é, uma Selic maior desestimula os investimentos e o consumo privado, além de diminuir as exportações líquidas. Portanto, reduz a demanda agregada – e o PIB.
Além disso, o movimento de outros Bancos Centrais, principalmente frente a nova variante da Covid, faz repensar a política monetária. De acordo com Jerome Powell, presidente do Fed, a inflação norte-americana é transitória – ou ao menos era. Isto porque, em depoimento recente ao Congresso, Powell afirmou que a inflação se mostra mais persistente do que o previsto.
Assim sendo, vale lembrar que o Fed já havia falando o tapering, isto é, a retirada de estímulos à economia, e de uma provável elevação de juros em 2022. E, enquanto a Ômicron não se desenha como um perigo real, as novas falas acerca da inflação podem significar um adiantamento da postura mais hawkish. Entretanto, uma postura completamente diferente se observa na Europa, com Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, minimizando a inflação e o impacto da pandemia. Desse modo, é muito pouco provável que o BCE eleve os juros em 2022, dando ainda mais espaço para a inflação agir.
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