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"Sem juros" não existe? PGR investiga Bancos Brasileiros

A Procuradoria Geral da República (PGR) está investigando a Febraban por possíveis práticas anticoncorrenciais no mercado de parcelado sem juros

bancos GDI
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A novela envolvendo o parcelado sem juros no Brasil ganhou um novo capítulo com a abertura de uma investigação da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre possíveis práticas anticoncorrenciais no setor. Dessa vez, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está no centro das atenções, sendo alvo da investigação que visa apurar se grandes nomes do setor bancário estão utilizando sua posição de oligopólio para impedir operações realizadas por companhias de menor porte, o que pode configurar violação da livre concorrência de mercado.

A decisão de abrir o procedimento administrativo foi tomada a partir de uma representação da Abranet (Associação Brasileira de Internet), uma entidade que defende os interesses de empresas como Mercado Pago, Stone, PicPay e PagSeguro. A Abranet alega que a atuação dos grandes bancos, representados pela Febraban, está prejudicando a competição no mercado de parcelado sem juros, o que impacta diretamente empresas que oferecem soluções de pagamento.

O pedido da Abranet abrange a Febraban e cita especificamente três dos seus associados: Itaú, Santander e Bradesco. A entidade argumenta que esses bancos estariam atuando de forma anticoncorrencial, dificultando a concorrência e restringindo o acesso das empresas de menor porte ao mercado de parcelado sem juros.

No despacho que autorizou a abertura da investigação, o subprocurador-geral, Luiz Augusto Lima, ressaltou a relevância e a gravidade do tema, considerando que, segundo a representação da Abranet, os fatos configuram afronta à ordem econômica e aos direitos do consumidor. A abertura da investigação é um passo importante para analisar a fundo as acusações e determinar se há, de fato, práticas anticoncorrenciais no mercado.

Em resposta às acusações, a Febraban afirmou que considera a acusação feita pela Abranet “extremamente leviana e, por isso, inadmissível e de todo irresponsável”. A Federação também destacou que aproveitará a oportunidade para detalhar denúncias de condutas ilegais no mercado de parcelado sem juros, defendido pela Abranet.

A Febraban também apontou que não se surpreende com a postura da Abranet, alegando que a entidade tem adotado uma abordagem “caluniosa” e oportunista ao acionar órgãos do Estado e procurar a imprensa com o objetivo de gerar notícias negativas que afetem a imagem e a reputação da Febraban e dos bancos associados.

A investigação da PGR coloca em evidência a importância de se garantir a livre concorrência no mercado financeiro e de pagamento no Brasil. A competição saudável é fundamental para estimular a inovação, reduzir custos para os consumidores e promover a eficiência econômica. Qualquer prática que restrinja indevidamente a concorrência pode prejudicar a dinâmica do mercado e afetar negativamente os interesses dos consumidores e das empresas.

O desfecho dessa investigação terá repercussões significativas no mercado de parcelado sem juros e nas relações entre as instituições financeiras, as empresas de pagamento e os consumidores. A PGR terá a responsabilidade de analisar as evidências apresentadas e determinar se há indícios suficientes de práticas anticoncorrenciais por parte da Febraban e de seus associados.

À medida que a investigação avança, será fundamental acompanhar os desdobramentos e aguardar a conclusão das análises da PGR. Independentemente do resultado, a discussão em torno da concorrência no mercado financeiro é essencial para garantir um ambiente de negócios justo e transparente, que beneficie tanto as empresas quanto os consumidores.

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