A gestora de recursos Suno Asset, nova linha de negócios do Grupo Suno, publicou uma carta aberta ao mercado informando a sua intenção em estruturar FIIs junto à BR Malls (BRML3).
De acordo com o comunicado, a Suno Asset — em colaboração com a Aurora Capital, gestora de fundos com participação acionária na companhia — enviou uma proposta na sexta-feira, 19. Em contrapartida, a companhia gestora de shoppings publicou uma resposta nesta segunda-feira, 22. Acompanhe os detalhes.
A proposta da Suno
A princípio, o documento mencionou uma oportunidade para “destravar valor” para a BR Malls por meio da criação de FIIs com gestão da Suno Asset.
Uma das razões para isso é a performance das ações da BR Malls em comparação ao seus pares, cuja análise da asset apontou um desempenho inferior. Ao mesmo tempo, a carta menciona a demanda cativa do mercado de fundos imobiliários e a possibilidade de atuar por uma nova estrutura.
Nesse sentido, a gestora destacou o uso bem sucedido ou estudo dessa linha nos casos da Cyrela Comercial Properties, BR Properties, Gafisa entre outras.
Em conclusão, a proposta da Suno Asset deixaria os ativos da BR Malls sob a detenção de um ou mais FIIs e a empresa se tornaria, nesse caso, uma administradora de ativos imobiliários. Inclusive, a estimativa da gestora é de que seus fundos possam atingir entre R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões.
Resposta da BR Malls
Nesta segunda-feira, 22, a BR Malls (BRML3) publicou um comunicado ao mercado em esclarecimento a essa proposta. A princípio, a companhia administradora de shoppings apresentou a sua carta enviada aos executivos listando as razões para rejeitar a proposta.
Em resumo, algumas das considerações envolviam as suas mais recentes iniciativas para promover melhorias como alienações e aquisições; fortalecimento da estrutura de capital; aceleração da inovação e transformação digital entre outros.
Ao mesmo tempo, a BR Malls comentou a sua larga experiência com o mercado de FIIs, onde já fez operações com as gestoras Vinci Partners, HSI – Hemisfério Sul Investimentos, Brasil Plural, BTG Pactual e Hedge Investimentos, por exemplo.
Além disso, a companhia citou as seguintes considerações em específico para justificar a sua decisão:
- Expressivo Imposto de Renda sobre ganho de capital e ITBI, decorrentes da transferência de titularidade;
- Restrições de alavancagem trazidas pela regulamentação aos fundos imobiliários, que trariam impactos custosos para tratamento das dívidas existentes da companhia, bem como limitações para sua estrutura de alavancagem futura;
- A base acionária da companhia é composta em sua grande maioria por investidores que não se beneficiariam da isenção de impostos sobre dividendos;
- Perda de liquidez para os atuais acionistas da BrMalls, dado que o volume de negociação das ações da companhia é substancialmente – mais de 30x – superior ao volume de negociação médio dos principais Fundos Imobiliários de Shopping Center.
Suno também se posicionou
Apesar da negativa, a história não terminou! A Suno Asset já comunicou a intenção de pontuar as considerações feitas pela BR Malls. Portanto, Tiago Reis, fundador e presidente do conselho do Grupo Suno, informou que a resposta deve ser publicada em até 48 horas.
“Vemos uma série de pontos que podem ser melhor compreendidos na nossa proposta. Vamos endereçar as questões levantadas pela BR Malls, ponto a ponto, em uma nova carta aberta”.
Tiago Reis, fundador e presidente do conselho do Grupo Suno.
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