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A casa parece ter caído para o atual ministro da Economia Paulo Guedes. As movimentações do mercado após o anúncio do descumprimento do teto de gastos, causou uma verdadeira tempestade no fim da tarde de ontem, quinta-feira (21). As declarações elevaram o risco político do mercado, e os principais indicadores (como o Ibovespa) voltaram a despencar. As quedas promoveram a saída generalizada dos secretários do ministério da Economia, e o próximo nome que deve ir à forca, é o de Paulo Guedes.
A forca de Paulo de Guedes
Segundo o colunista Valdo Cruz, do site G1, a possível saída de Guedes — seja voluntariamente ou não — deve acontecer a qualquer instante. E os interlocutores do presidente Jair Bolsonaro, já estariam sondando um nome para substituir o líder da pasta econômica.
Além disso, existe uma pressão interna no governo para trazer um nome “menos queimado” para estar frente das decisões econômicas. Afinal, Guedes teria perdido o restante de sua credibilidade após se tornar o “fura-teto”.
O ministro da Economia já havia falado anteriormente que não iria sair de seu cargo, somente se fosse obrigado a tomar medidas que colocassem em risco a responsabilidade fiscal. E é exatamente o que está acontecendo.
O caos aumentou após a debandada do ministério: ontem, os secretários do ministro pediram demissão. O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram exoneração. Gildenora Dantas, secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, e Rafael Araujo, secretário-adjunto do Tesouro Nacional, também pediram exoneração de seus cargos.
A causa por trás do movimento é o Auxilio Brasil, medida aprovada que não entra nos limites da política de gastos brasileira. Os secretários tinham por consenso que a medida para financiar o projeto deveria ser um corte de gastos, e não a marginalização do teto de gastos e dos gastos públicos.
No entanto, o Ex-Presidente, Michel Temer, saiu em defesa das atuais políticas. E afirma que na discussão do teto é preciso equiparar fiscal e social:
“Temos que encarar o desafio de que há 30 milhões de pessoas que passam fome no país.”
Michel Temer.
Além disso, o antigo governante tenta tranquilizar o mercado, alegando que o momento de mudanças do governo, não deveria causar tantas especulações na Bolsa de Valores.
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