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A Renner anunciou recentemente seu desempenho operacional referente ao segundo trimestre do ano.E como costume de mercado, analistas e casas de recomendações utilizam os novos dados disponiveis para atualizar suas expectativas e análises para os principais papéis do mercado.
O 2T22 da Renner
A Lojas Renner (LREN3) registrou lucro líquido de R$ 360,4 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), cifra 86,7% maior do que o reportado na mesma etapa de 2021, informou a varejista nesta quinta-feira (4).
Ademais, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) total ajustado somou R$ 701,6 milhões no 2T22. Ou seja, um avanço de 47% sobre o 2T21.
Isto é, em função dos maiores volumes de vendas, do maior Lucro Bruto no período, e da diluição de despesas operacionais.
Além disso, receita líquida de varejo somou R$ 3,175 bilhões no segundo trimestre deste ano, crescimento de 40,6% na comparação com igual etapa de 2021.
Assim, a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 22,1% entre abril e junho, alta de 1,0 ponto percentual (p.p.) frente a margem registrada em 2T21.
De acordo com a Lojas Renner, a chegada antecipada das temperaturas mais baixas de inverno, combinado à necessidade de renovação do guarda-roupa, fruto da retomada dos eventos sociais e maior mobilidade, contribuíram para a aceleração das vendas da coleção Outono Inverno.
Hora de apostar no papel?
A primeira vista, o resultado forte de hoje é o segundo que o CEO Fabio Faccio vai poder comemorar. Ainda mais depois que o valor de mercado da Renner chegou a cair 40% do pico ao vale durante o último ano.
Afinal, de janeiro pra cá, o papel sobe 22%. Os dois resultados mostram que a alta da inflação e dos juros não afetaram significativamente o negócio da varejista de moda – que por enquanto tem conseguido repassar os custos.
Do mesmo modo, a varejista também tem recuperado as margens gradativamente, depois de vê-las despencar durante a pandemia.
A margem bruta foi de 56,1% no segundo tri, 0,3 ponto percentual abaixo do segundo tri de 2019. Já a margem EBITDA de varejo ficou apenas 0,70 ponto abaixo de 2019, diminuindo o gap em relação ao trimestre anterior (quando essa diferença foi de 590 bps).
“Tanto a margem bruta quanto a margem EBITDA tiveram declínios bem menores em comparação a 2019 do que no trimestre anterior,” escreveu o analista do BTG, Luiz Guanais.
Segundo ele, a Renner está bem posicionada para ganhar market share nos próximos trimestres num mercado fragmentado. “Isso deve levar a um sólido momentum apesar das expectativas de uma desaceleração nas vendas no segundo semestre (com uma base de comparação forte do ano passado),” escreveu o analista.
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