A Vale (VALE3) informou que sua joint venture com a anglo-australiana BHP, a Samarco, não chegou a um acordo com seus credores no que tange a sua recuperação judicial. Dessa forma, as negociações continuarão.
Assim sendo, vale lembrar que a Samarco pediu proteção à Justiça ainda em abril deste ano, somando R$ 50,5 bilhões em dívidas. De lá para cá, a joint venture teve uma proposta rejeitada pelos credores em julho. Além disso, em outubro teve de estender o prazo para sua recuperação judicial, que agora vai até 9 de abril de 2022. Portanto, espera-se que uma nova assembleia geral com os credores ocorra até essa data.
De acordo com a proposta mais recente, os investidores teriam a opção de receber créditos com 75% de deságio até 2042. Contudo, outra opção seria converter tais créditos em ações preferenciais da Samarco. Dessa forma, os investidores seriam remunerados por meio de dividendos.
A venda de ativos para Vulcan Minerals
A Vale (VALE3) informou na última terça-feira que celebrou um acordo vinculante com a Vulcan Minerals para vender a mina de carvão Moatize e o Corredor Logístico Nacala por US$ 270 milhões. Contudo, vale destacar que a operação ainda está sujeita à aprovação do ministério responsável pelos recursos minerais e energia de Moçambique, bem como do Governo do país.
“Tenho o prazer de anunciar este importante passo para o desinvestimento responsável de Moatize e CLN [Corredor Logístico Nacala], em uma transação que beneficia as comunidades e governos onde essas operações estão localizadas e oferece um futuro sustentável para as operações. Esta é mais uma conquista do nosso compromisso de reshape nossa empresa, com foco em nossos principais negócios.”
disse o CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, em comunicado ao mercado.
Assim sendo, vale lembrar que a Vale anunciou seu objetivo de não possui mais ativos de carvão ainda no início de 2021. Dessa forma, ela passaria a focar em seus negócios core e no objetivo de ser líder em mineração de baixo carbono.
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