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Vendas de imóveis residenciais segue estável no 1º trimestre apesar da alta de preços

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  • Pesquisa mostra que o mercado continua ativo e desenvolvendo novos projetos — a maioria (79%) das empresas respondentes pretende adquirir terrenos nos próximos 12 meses;
  • Apesar das incertezas ocasionadas pela alta nos preços, grande parte (95%) dos entrevistados indicou que o lançamento de empreendimentos deve ocorrer este ano;
  • Executivos do setor imobiliário residencial esperam manutenção nas vendas para o 2º trimestre e, também, nos próximos 12 meses;
  • Expectativas para os preços dos imóveis residenciais seguem com forte aumento para o próximo tri, para os próximos 12 meses e para os próximos cinco anos.

São Paulo, 10 de maio de 2022 — A procura por imóveis residenciais no Brasil vem sendo impactada constantemente pelo aumento de preços e pela tendência de alta nos juros. Apesar deste cenário, o índice de vendas se manteve próximo à estabilidade no primeiro trimestre de 2022, de acordo com a 5ª edição do Indicador de Confiança do setor Imobiliário Residencial, realizado pela ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias)em parceria com a Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo. A pesquisa, realizada com 47 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial entre 1º e 18º de abril, revela, ainda, que apesar dos fatores citados, o mercado continua ativo e desenvolvendo novos projetos — a maioria (79%) das empresas respondentes pretende adquirir terrenos nos próximos 12 meses.

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Por conta do aumento dos preços dos insumos da construção, o índice de preços do indicador ABRAINC/Deloitte teve um crescimento de 11% no 1º trimestre, em relação ao anterior. Os índices de procura por imóveis residenciais e o de vendas também foram impactados pela combinação do aumento de preços com tendência de alta nos juros, sofrendo queda, respectivamente, de 3% e 1,4% no 1º tri. Por outro lado, o índice de procura para o mercado CVA (Casa Verde Amarela) registrou, no período, leve recuperação (3,8%), mas ainda não voltou ao nível médio do ano passado. Já a procura por imóveis MAP (Médio e Alto Padrão) segue em queda, pressionando a demanda geral, retornando a um patamar próximo ao do 3º tri de 2021.

Apesar das incertezas ocasionadas pela alta nos preços, grande parte (95%) dos entrevistados indicou que o lançamento de empreendimentos deve ocorrer nos próximos meses. Isso indica que apesar da retração de alguns índices, o mercado imobiliário continua ativo e desenvolvendo novos projetos e se adaptando a uma nova realidade de demanda.

Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, as perspectivas relacionadas aos lançamentos e aquisição de terrenos são indicativos positivos para o setor. “Eles nos mostram que os empresários esperam manter o ritmo do negócio ao invés de reduzi-lo, apesar, é claro, da cautela exigida pelo momento econômico. Ainda assim, a expectativa quanto à elevação de preços dos imóveis deve aquecer o mercado, podendo provocar a antecipação de compra por parte do consumidor e atraindo mais pessoas interessadas neste tipo de investimento. No geral, os empresários sinalizam que o desempenho do setor neste ano deve ser similar ao de 2021”, destaca o executivo.

O levantamento usa uma metodologia diferenciada para interpretar os resultados e facilitar a leitura entre os trimestres. Desse modo, os percentuais de respostas foram transformados em notas variando de 1 (para forte redução) a 3 (para forte aumento) e cada segmento foi classificado dentro desse padrão. As respostas dos participantes da pesquisa indicaram se houve redução, manutenção ou aumento em relação ao trimestre anterior para os itens procura, vendas, e preços dos imóveis. Além da variação do trimestre apurado, os respondentes indicam as expectativas.

Indicador de confiança do setor imobiliário residencial

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“Nesta edição do indicador continuamos a nos deparar com uma maior cautela e expectativas de médio e longo prazos mais moderadas por conta da preocupação inflacionária. Por outro lado, o setor segue estável, com os entrevistados, mais uma vez, revelando planos de lançamento de imóveis e a aquisição de terrenos pela maior parte das empresas para futuros empreendimentos, mesmo que com mais moderação”, destaca Claudia Baggio, sócia de Financial Advisory e líder da prática de Real Estate da Deloitte.

Resultados do 1º trimestre e expectativas:

Procura de imóveis (Nota 1,91 = Manutenção). A demanda geral (CVA + MAP) se manteve no período, sustentada pela procura do segmento CVA. A demanda do segmento MAP, no entanto, foi menos aquecida, registrando leve retração frente ao trimestre anterior.

Vendas (Nota 1,98 = Manutenção). No 1º trimestre de 2022, as vendas se mantiveram em todos os segmentos.

Expectativas para vendas (Nota 1,97 = Manutenção). Os executivos do setor imobiliário residencial esperam manutenção nas vendas para o 2º trimestre de 2022 (nota = 1,97), e, também, nos próximos 12 meses (nota = 1,98).

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Preço de imóveis (Nota 2,59= Aumento). Os preços dos imóveis seguiram em alta no período, sobretudo para o segmento CVA (nota = 2,64).

Expectativa para os preços dos imóveis (Nota 2,63 = Forte Aumento). As expectativas para os preços dos imóveis residenciais seguem com forte aumento para o 2º trimestre de 2022 (2,63), para os próximos 12 meses (nota 2,91/ forte aumento) e para os próximos cinco anos (nota 2,98/ forte aumento).

Metodologia da pesquisa

O indicador de confiança do setor imobiliário residencial do 1º trimestre de 2022, realizado pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo, em parceria com a ABRAINC, contou com a participação de 47 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial, divididas nos seguintes segmentos: 30% Casa Verde amarela (CVA), 36% Médio e Alto Padrão (MAP) e 34% atuantes em ambos os segmentos. O levantamento, realizado entre 1º de janeiro e 18 de abril de 2022 ouviu executivos de alto escalão (C-Level) das empresas participantes.

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