Continua após o anúncio
Recentemente vimos a guerra entre o Itaú e a XP, após o lançamento da nova campanha de marketing do Itaú. De fato agora a XP partiu para o ataque dizendo que o Itaú está “desesperado” porque está perdendo clientes a rodo para a corretora. No entanto vale destacar, o Itaú é o maior acionista da XP.
Segundo relatou numa entrevista o diretor comercial da XP, Gabriel Leal, “mais de R$ 150 milhões saem todos os dias do Itaú e vem para a XP. Se você projetar esses dados no longo prazo, não vai ser difícil entender que em três anos o Personnalité será extinto.”
Índice de conteúdo
Novo dia, nova treta
Numa entrevista, o diretor comercial da XP, relatou que a campanha de marketing do Itaú é “um ato desesperado” de uma empresa “que não consegue se reinventar.” Logo depois falou sobre “as metas e conflitos que o gerente do banco têm ao oferecer um título de capitalização ou poupança como investimento.”
Com isso a XP também atacou as taxas de administração cobradas pelo Itaú. A corretora citou os fundos DI que tem taxas de 1,75%. E criticou os fundos de ações do banco que só oferecem Vale e Petrobras e cobram 3%.
De acordo Leal, a XP é transparente quanto a comissão dos assessores na venda dos produto. De fato quando foi questionado sobre a tabela de comissões, o diretor comercial da XP, explicou que é preciso ser cliente da empresa para ter acesso.
Entrevista de hoje
Hoje durante sua entrevista o diretor comercial da XP foi questionado com a seguinte pergunta:
“A XP cresceu fazendo campanhas de marketing provocando os bancos. Por que agora a XP ficou tão sentida, quando um banco aponta um ponto fraco das plataformas?”
Ele respondeu:
“Concordo que as corretoras sempre usaram um tom provocativo. Mas o ponto aqui é a grande hipocrisia que existe nisso. Como pode um banco demorar 90 anos para entender que o cliente tem que ser colocado em primeiro lugar e vir atacar a gente sem resolver questões internas de total abuso e conflitos?”
Enquanto o diretor comercial da XP dava a entrevista, o próprio fundador da XP, Guilherme Benchimol de maneira sutil sinalizou que o Itau não faria falta.
“É confuso, porque mostra que alguém que comprou a ação da XP não aposta no seu negócio,” disse o CEO da XP. “Dessa forma, não faz sentido ser acionista.”
De fato em sintonia astral com o seu chefe, o diretor da XP, pôs ainda mais fogo no parquinho:
“Se o Itaú está tão desconfortável com nosso modelo de negócios, ele deveria repensar seu investimento.”
Entenda a treta entre a XP e o Itaú
Segundo a campanha de marketing do banco Itaú (ITUB3), que foi veiculada ontem, um ator representando um investidor no período de euforia do mercado no ano passado e o ano atual após a forte desvalorização causada pelo covid-19.
No video representando o período de euforia o ator interpretando um investidor fala:
A moda aqui em 2019 é ter corretora. Assessor também tá na moda. Insiste o tempo todo, “investe nisso, investe naquilo, não tem risco”. Estou me sentindo o rei de Wall Street”. Finaliza o ator.
Em outra parte do vídeo aparece o ator representando o investidor de 2020, dizendo:
Aqui em 2020, deu pra ver que não tinha risco para ele (o assessor), que ganhava comissão cada vez que eu investia. Ainda bem que você deixou seu dinheiro no Personalité. São especialistas isentos. Aprendeu?
Com isso, pouco tempo depois a XP respondeu:
“2020 e ainda tem gente criticando a roupa dos outros. Coletinho, moletom, shorts, camisa, chinelo, terno…#menteaberta é aceitar cada um como é.”
O Personnalité vai morrer?
De fato, a projeção de ‘morte’ do Personnalité em três anos, proferida pelo diretor comercial da XP, é exagerada. Recentemente numa entrevista um dos diretores do Itaú, relatou que o market share do Itaú em investimentos no varejo tem se mantido estável. Mesmo com o crescimento da XP.
Follow @oguiainvestidorDICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.