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C&M Software analisa nova determinação do meio de cobrança e o futuro com o Pix Automático.
Um dos meios de cobrança mais tradicionais para os brasileiros, o boleto bancário surgiu há mais de 60 anos, através de uma normativa do Banco Central, já a compensação eletrônica do mesmo está presente há 31 anos. Rotineiramente, eles ainda fazem parte do cotidiano do cidadão, no entanto, com o advento do Pix, o futuro dos boletos bancários pode ser incerto.
Atualmente, o processo de funcionamento do documento funciona da seguinte forma: Após o pagamento, a instituição recebedora prepara um arquivo que é encaminhado para processamento do Banco do Brasil. Em seguida, com o processamento, que finaliza próximo das 01h00 da manhã do dia seguinte ao pagamento, é reencaminhado para a Instituição “dona” do boleto, que efetua a baixa ao cliente cedente e recebe o valor devido próximo das 8h30 deste mesmo dia.
Visando acompanhar os avanços tecnológicos, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) irá introduzir, no próximo dia 15 de março, um novo fluxo para o pagamento de um boleto bancário, seguindo os moldes do atual formato, porém com o processamento realizado pela Núclea, antiga Câmara Interbancária de Pagamentos, permanecendo os horários de processamento e liquidação financeira.
“Todo o processo permanece o mesmo, todavia, haverá mais uma “janela” de troca de arquivos e (até às 15h) e liquidação às 16h00 – esse processo, que se iniciará com os boletos pagos a partir das 00h00 até 13h30 pode-se considerar que ocorre no mesmo dia”, comenta Wellington Silva, gerente de produtos C&M Software.
“Prazo de repasse financeiro” é uma modernização do meio de cobrança?
Com o novo formato do boleto, cada instituição irá avaliar se promoverá ou não o “prazo de repasse financeiro” ou seja o recebimento de parte dos boletos dentro do mesmo dia (processamento e liquidação financeira).
Não se pode falar em modernização da modalidade de cobrança, já que ocorrerá apenas a substituição do atual processador dos boletos, assim como, do lado das instituições, não será mais necessário o envio de arquivos – somente para baixa em função de pagamento recebido. Todas as demais etapas do processo ocorrerão da forma que ocorrem hoje, seguindo também os valores praticados pelo mercado, girando em torno de R$6,00.
Pix Automático vai extinguir os boletos?
O Pix Automático chegará para substituir formas de pagamento recorrentes, como contas de consumo, serviços contratados de telefonia, streaming e outros que possuam recorrência. A modalidade abrangerá, desde a contratação até o efetivo pagamento das parcelas que forem negociadas entre uma pessoa física e uma empresa, atingindo, no primeiro momento, o débito automático e deverá substituir, ao longo do tempo, os antigos carnês de pagamento – que utilizam de boletos como meio.
“É impossível competir com o Pix, pois são dois instrumentos de pagamento diferentes que podem ser utilizados para realizar transferências, mas com causas completamente diferentes: um para efetivar a transferência de valores entre duas partes (o Pix) e o outro (boleto) envolve a aquisição de algum serviço ou produto e parcelamento a pagar, ou simplesmente para facilitar o seu pagamento em instituições que possam receber aquele boleto”, finaliza Wellington.
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