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Imagem/Reprodução Americanas
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Acionistas da Americanas atingem controle de 50% do capital

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  • Esses bônus foram emitidos como uma vantagem adicional para os subscritores de novas ações ordinárias da empresa
  • Com essa operação, os acionistas de referência e suas afiliadas agora detêm mais de 50% do capital social e dos direitos de voto da Americanas
  • A aquisição dessas ações e o consequente fortalecimento do controle acionário estavam, contudo, previstos no plano de recuperação da empresa

A Americanas (AMER3), atualmente em recuperação judicial, anunciou que as afiliadas dos acionistas de referência — Cedar Trade LLC, Sawdog Holdings LLC e Samer Investment LLC — exerceram 3.029.130 bônus de subscrição. Esses bônus foram emitidos como uma vantagem adicional para os subscritores de novas ações ordinárias da empresa.

Com essa operação, os acionistas de referência e suas afiliadas agora detêm mais de 50% do capital social e dos direitos de voto da Americanas. Esse aumento de participação é um passo significativo no processo de reestruturação da companhia, conforme estipulado no acordo de apoio à recuperação judicial.

A aquisição dessas ações e o consequente fortalecimento do controle acionário estavam previstos no plano de recuperação da empresa. O objetivo é garantir a estabilidade financeira e operacional da Americanas. Assim, permitindo que a varejista navegue pelo processo de reestruturação com um sólido e consolidado suporte acionário.

Americanas

A Americanas, no entanto, é uma das maiores redes de varejo do Brasil, com uma presença significativa em todo o país. Fundada em 1929, a empresa, contudo, atua em diversos segmentos do varejo, incluindo lojas físicas e comércio eletrônico.

Ela oferece uma ampla gama de produtos, desde eletrônicos e eletrodomésticos até roupas, alimentos e itens para o lar. Além das lojas físicas, a Americanas possui uma forte presença online por meio de seu site e aplicativo, facilitando as compras e a entrega de produtos em todo o território nacional.

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A empresa é conhecida por sua grande variedade de produtos e pela estratégia de preços competitivos. Ela faz parte do grupo Americanas S.A., que também inclui a Lojas Americanas e o e-commerce Americanas.com.

Recentemente, a Americanas passou por um processo de recuperação judicial, buscando reestruturar suas finanças e operações para enfrentar desafios econômicos e garantir a continuidade de suas atividades. A recuperação judicial é uma medida que permite à empresa negociar com credores e reorganizar suas finanças para superar dificuldades financeiras.

Americanas: ações cotadas a R$ 0,05 antes de grupamento

  • Após meses rodeados em incertezas, a Americanas (AMER3) inaugura “sua parte de nova fase nesta”, nesta semana
  • A companhia efetivou o grupamento de ações aprovado em maio na última segunda-feira (27) e hoje
  • A partir de amanhã, os investidores começarão a negociar as ações da companhia agrupadas na proporção de 100 para 1

Após meses rodeados em incertezas, a Americanas (AMER3) inaugura “sua parte de nova fase nesta”, nesta semana. A companhia efetivou o grupamento de ações aprovado em maio na última segunda-feira (27) e hoje. A partir de amanhã, os investidores começarão a negociar as ações da companhia agrupadas na proporção de 100 para 1.

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O papel da companhia, portanto, fechou com queda de 16,66% nesta segunda-feira (26). Assim, a R$ 0,05, na mínima histórica, após ter oscilado entre R$ 0,05 e R$ 0,07. Consequentemente, derretido nas últimas semanas. Com isso, os papéis devem abrir a próxima sessão a R$ 5,00.

Os papéis, que já vinham sendo negociados na casa dos centavos de real, aprofundaram a queda em meados do mês após o balanço do primeiro semestre e com o encerramento de período de lockup para alguns credores que se tornaram acionistas da varejista no âmbito do acordo de recuperação judicial.

Neste tempo, houve ainda a apresentação do resultado e o cancelamento das projeções da companhia. As ações, no entanto, chegaram a cair 69,70% no dia 15 de agosto. E, dessa forma, encerraram a sessão com perda de 57,57%, cotadas a R$ 0,14. Hoje, valem menos da metade disso.

Analistas anteciparam o movimento, considerando que as vendas continuariam até que o mercado começasse a acreditar na nova gestão e na governança da empresa. Enrico Cozzolino, sócio e head de análises da Levante, destacou que um dos pontos de maior preocupação era a retirada das orientações fornecidas anteriormente. O cenário ficaria ainda mais incerto e com pouca visibilidade para investidores.

Sem previsão de desempenho

A companhia, contudo, também anunciou em fato relevante na última de quarta-feira, que decidiu cancelar previsões de desempenho. Estas, publicadas no final do ano passado, citando como motivo apenas a necessidade da empresa de “reavaliar a expectativa de desempenho futuro em razão da divulgação dos resultados”.
Nas projeções, divulgadas em novembro passado, a Americanas estimava ter um lucro operacional medido pelo Ebtida maior que R$ 2,2 bilhões em 2025. Ainda, com uma dívida bruta de entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão e alavancagem abaixo de 0,75 vez.

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O grupamento, no entanto, também incidirá sobre os bônus de subscrição, que também serão negociados na nova quantidade. Hoje, dessa forma, haverá também o início da negociação das novas ações emitidas no aumento de capital aprovado em 21 de maio.

Na visão de analistas, o grupamento dos papéis abre espaço para mais quedas. Na prática, o movimento significa que a quantidade de papéis em circulação diminui mas sem alteração no capital social ou no valor que as ações representam.

O lado negativo da operação é que, embora possa aumentar o preço unitário das ações e melhorar a negociação, pode, assim, gerar uma percepção negativa entre investidores.

Isso se dá, porque investidores podem interpretar o aumento do preço como uma tentativa da empresa de mascarar o baixo valor das ações. Dessa forma, o que pode afetar a confiança no papel.



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Márcia Alves

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