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Enquanto o Bitcoin é celebrado por muitos como o “ouro digital”, o cenário atual do mercado de criptomoedas está repleto de incertezas. Diversos especialistas influentes estão alertando para uma possível correção drástica no preço do ativo, que poderia levá-lo a cair para a marca dos US$ 30.000. Essas previsões sombrias ameaçam abalar a confiança em ganhos aparentemente ilimitados, antes considerados certos. Será este o fim da era dourada do Bitcoin?
O conhecido crítico do Bitcoin e defensor do ouro, Peter Schiff, é um dos que não poupa críticas à maior criptomoeda do mundo. Para ele, ao contrário de commodities físicas, como o ouro e o petróleo, o Bitcoin não possui “valor real”. Schiff ressalta que o ouro, amplamente utilizado na fabricação de joias e eletrônicos, é um ativo “confiável” de preservação de valor, enquanto o petróleo é essencial para transporte e energia.
Na visão de Schiff, o Bitcoin não oferece utilidade prática e seu valor é puramente especulativo. Ele alerta que, se a demanda diminuir, os preços poderão despencar rapidamente, destacando a vulnerabilidade da criptomoeda e pintando um cenário sombrio para seu futuro.
Análise técnica aponta tendência de queda
Em consonância com as críticas de Schiff, o analista Alan Santana também vê riscos significativos para o Bitcoin. Ele destaca que a criptomoeda, desde que atingiu sua máxima histórica de US$ 74.000 em março de 2024, tem enfrentado desafios técnicos cada vez maiores. Santana identifica a formação de um triângulo descendente, o que tem pressionado o preço repetidamente e indica que essa tendência de queda deve continuar.
Esse padrão técnico, caracterizado por uma série de topos mais baixos e uma linha de suporte clara, reforça os temores de que o Bitcoin possa recuar até os US$ 30.000. Santana adverte que, enquanto o Bitcoin permanecer abaixo do nível crítico de US$ 70.000, há pouco espaço para otimismo.
Outro experiente trader, Peter Brandt, agrava ainda mais as preocupações dos céticos. Ele observa que o Bitcoin está preso em um padrão claro de topos descendentes, indicando uma maior probabilidade de continuidade da tendência de baixa. Desde a alta de US$ 73.666 em março até o topo mais recente de US$ 65.200, as movimentações de queda sugerem um cenário de mercado mais enfraquecido.
Brandt destaca que o nível de US$ 70.162 é uma resistência crucial. Se esse nível não for superado de forma consistente, os preços poderão continuar a cair. Além disso, a linha de suporte em US$ 49.130 é particularmente preocupante: caso o Bitcoin rompa esse nível, isso pode desencadear uma nova onda de vendas, consolidando uma perspectiva negativa.
Vencimento de opções aumenta incerteza
Outro fator que contribui para o clima de incerteza em torno do Bitcoin é o vencimento iminente de mais de US$ 8 bilhões em opções da criptomoeda, que ocorrerá esta semana. Eventos desse tipo costumam gerar maior volatilidade, dependendo do sentimento predominante no mercado. A relação entre opções de compra (call) e venda (put) será crítica nesse contexto.
Atualmente, o índice Put/Call está em 1,12, geralmente interpretado como um sinal de baixa. O aumento do open interest (contratos em aberto) e das reservas em exchanges de criptomoedas sugere que os traders estão se preparando para vendas, o que pode impactar fortemente os preços de curto prazo do Bitcoin.
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