Continua após o anúncio
- As ações da Azul (AZUL4) subiram 10,45%, atingindo R$ 5,92, após a empresa anunciar acordos com credores
- O Bradesco BBI previu uma reação favorável do mercado, destacando que os novos termos evitam a recuperação judicial do tipo Chapter 11
- Os credores se comprometeram a fornecer até US$ 500 milhões em nova dívida, com US$ 150 milhões disponíveis imediatamente
- A Azul espera melhorar seu fluxo de caixa em mais de US$ 150 milhões ao reduzir obrigações com arrendadores e OEMs
- A empresa firmou acordos que abrangem 98% das obrigações do instrumento de equity, recebendo em troca até 100 milhões de novas ações preferenciais
- Existe a possibilidade de conversão de até US$ 800 milhões de dívida existente em ações, dependendo de melhorias financeiras alcançadas
- O acordo anunciado pela Azul fortalece consideravelmente sua liquidez e posição financeira, permitindo um caminho mais seguro para a recuperação
A Azul (AZUL4) viu suas ações dispararem após o anúncio de acordos significativos com os detentores de títulos de dívida, permitindo à companhia garantir recursos adicionais. Na manhã desta segunda-feira (28), por volta das 10h20 (horário de Brasília), os papéis da empresa registravam uma alta de 10,45%, alcançando R$ 5,92.
Em uma análise intitulada “Pontuação do jogo: Azul 2 X recuperação judicial 0”, o Bradesco BBI antecipou uma reação positiva do mercado, ressaltando que os termos do acordo eliminam a necessidade de um processo de recuperação judicial do tipo Chapter 11 nos EUA. A instituição mantém uma recomendação de “outperform” (desempenho acima da média do mercado) e um preço-alvo de R$ 20,00 para as ações da aérea.
O que prevê o acordo?
O acordo prevê que os credores disponibilizem até US$ 500 milhões em nova dívida com garantias prioritárias. Com US$ 150 milhões a serem disponibilizados imediatamente e outros US$ 250 milhões até o final do ano, além de uma possibilidade de desbloquear até US$ 100 milhões adicionais. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Azul destacou que essa medida fortalece sua liquidez e a posição financeira da companhia.
Além disso, o acordo inclui estratégias para melhorar o fluxo de caixa da Azul em mais de US$ 150 milhões ao reduzir obrigações com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais (OEMs) nos próximos 18 meses. A empresa também está colaborando para implementar melhorias adicionais que possam resultar em cerca de US$ 100 milhões a mais por ano. Existe ainda a possibilidade de conversão de até US$ 800 milhões de dívida existente em ações, dependendo do alcance de melhorias financeiras.
Demais acordos comerciais
Vale destacar que, em 7 de outubro, a Azul havia firmado acordos comerciais com arrendadores e OEMs, abrangendo aproximadamente 98% das obrigações do instrumento de equity. Ainda, sujeito a certas condições e aprovações. Em troca da eliminação de sua participação proporcional nas obrigações de equity totalizando R$ 3,1 bilhões, esses credores receberão até 100 milhões de novas ações preferenciais em uma emissão única.
Os novos acordos estão condicionados ao recebimento dos recursos e à finalização da documentação necessária com arrendadores e OEMs. Dessa forma, representando um passo importante para a recuperação e crescimento da Azul no mercado aéreo.
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