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NY fecha próximo à estabilidade devido à pressão dos Treasuries; Ibovespa sobe impulsionado por petroleiras.
Em uma sessão marcada por volatilidade nos mercados financeiros, as bolsas de Nova York encerraram a quarta-feira próximo à estabilidade, mesmo sob a pressão dos juros dos Treasuries.
A pressão nos mercados de ações em Nova York foi atribuída ao avanço dos juros dos Treasuries, reflexo da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos manterá as taxas de juros elevadas por um período mais prolongado. O rendimento do T-bond de 30 anos subiu para 4,723%, enquanto os juros da T-note de 10 anos avançaram para 4,613%.
Bolsas em Nova York mantêm estabilidade apesar da pressão dos juros; Ibovespa sobe com o suporte das empresas de petróleo
A quarta-feira viu um dia de negociações voláteis nos mercados financeiros, com as bolsas de valores de Nova York fechando próximo à estabilidade, enquanto o Ibovespa, índice de referência da bolsa brasileira, registrou um leve avanço, impulsionado pelo desempenho positivo das empresas de petróleo.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,20%, encerrando a sessão aos 33.550,27 pontos, enquanto o S&P500 apresentou um ganho modesto de 0,02%, fechando aos 4.274,51 pontos. O Nasdaq, por sua vez, teve um desempenho mais positivo, com um aumento de 0,22%, alcançando os 13.092,85 pontos.
A pressão sobre os mercados acionários nos Estados Unidos foi resultado do avanço dos juros dos Treasuries, que ocorreu em meio às expectativas de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos manterá as taxas de juros elevadas por um período prolongado. O rendimento do T-bond de 30 anos subiu para 4,723%, enquanto os juros da T-note de 10 anos avançaram para 4,613%.
No Brasil, o Ibovespa seguiu a volatilidade observada nos mercados internacionais, fechando o dia com um ganho de 0,12%, atingindo os 114.327,05 pontos. Esse desempenho positivo foi sustentado pelo setor de petróleo, com as ações das empresas do segmento contribuindo para o avanço do índice.
O volume financeiro total negociado no mercado brasileiro atingiu R$ 22,6 bilhões, demonstrando uma atividade significativa nas negociações de ações ao longo do dia.
Dólar sobe frente ao real devido à combinação de fatores globais e internos
O dólar brasileiro está experimentando uma valorização contínua, ultrapassando a marca de R$ 5 em relação ao dólar americano, à medida que uma série de fatores econômicos e geopolíticos pressionam os mercados financeiros.
A principal causa desse aumento é o avanço no preço do petróleo, que está gerando preocupações com a inflação em todo o mundo. O aumento dos preços do petróleo é atribuído à proximidade dos estoques em Cushing, que estão perto do nível mínimo operacional, resultando em um notável salto nos preços do petróleo do tipo WTI.
Além disso, a incerteza no cenário econômico global está levando os investidores a buscar segurança na moeda americana, o que tem impulsionado ainda mais o dólar.
Essa busca por refúgio é agravada pelas declarações de membros do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis, afirmou que existe um risco real de que as taxas de juros precisem subir ainda mais se as medidas já implementadas não conseguirem desacelerar a economia conforme o planejado. Ele prevê um aumento adicional de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros.
No mercado interno, a formação da ptax de setembro e a antecipação da demanda por remessas de fim de ano de empresas estão contribuindo para o fortalecimento do dólar em relação ao real brasileiro.
Diante desse cenário, o dólar à vista fechou com uma alta de 1,22%, atingindo R$ 5,0478. Além disso, o índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, subiu 0,42%. Enquanto isso, o euro caiu 0,65%, atingindo US$ 1,0503, e a libra perdeu 0,17%, chegando a US$ 1,2136.
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