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O Banco Pan (BPAN4) é uma companhia financeira de médio porte, com atuação focada em pessoas físicas, e forte presença no sudeste e nordeste. Recentemente está entre os temas mais comentados do entre os investidores, já que suas ações parecem ter batido em disparada.
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Sobre o Banco Pan
O banco tem suas origens no Grupo Silvio Santos, e de uma pequena casa de descontos em 1969, aos poucos se tornou um dos maiores bancos do Brasil, em 2009. Ou seja, a história da instituição é sólida, com um crescimento alto e altamente confiável em termos de credibilidade. Entretanto, problemas de gestão afetaram fortemente a instituição que parecia imparável, e fraudes contábeis foram o ponto decisivo para a queda em credibilidade.
Mas a Caixa Econômica acreditou no Banco Pan, que ainda se chamava Banco PanAmericano, e comprou cerca de 35% da companhia financeira. Vale destacar que o valor da aquisição pela Caixa foi expressivo, por volta de R$ 740 milhões. Certamente a tentativa foi válida, mas ainda assim o banco seguiu sofrendo efeitos negativos, e em 2011 o Fundo Garantidor de Crédito interveio. Dessa forma, foi firmado o empréstimo de R$ 2,5 bilhões ao Banco PanAmericano, sob a justificativa de que o FGC poderia ter maiores prejuízos caso o banco quebrasse.
Logo após o aporte do FGC, o Banco BTG Pactual notou o Pan, e promoveu a aquisição mais surpreendente possível. Acontece que o BTG comprou a parte do Grupo Silvio Santos e um pouco mais por R$ 450 milhões, somando 50% de participação no PanAmericano.
Desde então, a instituição financeira é gerida em comum acordo pelo BTG Pactual e pela Caixa Econômica. Nesse sentido há o formato onde a Caixa e o BTG elegem a mesma quantidade de membros do conselho de administração do banco. Além disso, o novo formato estabeleceu fortes mudanças, de modo que, até mesmo um plano de desinvestimentos foi realizado, e surgiu o Banco Pan.
Desde o processo de repaginação, o banco cresceu e superou até as melhores expectativas do mercado em relação às suas ações. Principalmente quando a análise é feita a partir dos últimos anos.
Desempenho das ações
A partir de 2017 é possível perceber uma tendência de alta nestes papéis, mas o maior efeito veio em 2019, quando saiu de R$ 1,80 para R$ 11,59. Ou seja, em apenas 12 meses houve uma valorização maior do que 400%.
Certamente esta tendência foi muito impactada pelo início da pandemia, quando os papéis despencaram de R$ 11,48 para R$ 4,16. Em suma, o que mais surpreende e movimenta os investidores e espectadores destes ativos é a capacidade do Pan de dar a volta por cima. Dessa forma, 2021 chegou com tudo, a companhia já se recuperou e mais, está acima dos patamares pré pandêmicos, custando R$ 12,26.
Atualmente, a valorização das ações do Banco Pan podem estar relacionadas com o bom desempenho geral da empresa, que registra alta no lucro e receita. Vale lembrar que, antes da pandemia, o lucro do banco vinha crescendo entre 12% e 15% ao ano,
Indicadores fundamentalistas e resultado recente
Em primeiro lugar, o banco está na bolsa no segmento de listagem Nível 1, com tag along de 100% para as ações ON e PN. Nos últimos anos passou por uma digitalização muito bem estruturada, o que pode ajudar a ampliar o desempenho, já que tem uma presença física questionável. Confira a quantidade de pontos físicos do banco por região:
Quando se trata dos números mais recentes, no período tido como a recuperação do pior momento de crise, os números são bons. O banco teve crescimento em seu Lucro Líquido, mas apresentou ligeiras quedas no resultado operacional.
Sendo assim, a Margem Financeira Líquida Gerencial do Pan foi de 20,5% no 3T20. Sendo assim, cresceu em relação aos 19,1% divulgados no 2T20 e também frente aos 18,4% no trimestre anterior.
Além disso, o Lucro Líquido do Banco Pan teve como resultado no 3T20, o montante de R$ 170 milhões. Dessa forma, cresceu 18% na comparação com os R$ 144 milhões reportados no 2T20 e 26% frente aos R$ 135 milhões em relação trimestral.
O ROE Contábil do banco foi de 13,2% entre os meses de julho e setembro. Sendo assim, cresceu em relação aos 11,4% do 2T20. Por fim, o índice Basileia do Banco Pan foi de 16,5% no 3T20, muito acima do mínimo desejável.
Confira os indicadores atualizados da companhia:
Receita Líquida | R$ 9,16 B |
Lucro Líquido (LL) | R$ 652,19 M |
Margem Líquida | 7.11% |
Ebitda | R$ 588,02 M |
Margem Ebitda | 21.89% |
Ativo Total | R$ 35,37 B |
Dívida Líquida | R$ -3,2 M |
Patrimônio Líquido (PL) | R$ 5,22 B |
Índice de preço sobre lucro (P/L) | 6,41 |
Retorno sobre o PL (ROE) | 12,49% |
O que dizem os especialistas sobre o Banco Pan
De acordo com os especialistas do Santander (SANB11), a ampla presença em plataformas digitais por parte do banco é um ponto estratégico. Isto visto que tende a ganhar com este processo que é tendência global.
Ademais, no final de 2020, o Santander anunciou sua expectativa elevada para o lucro do Banco Pan 2021, que tende a crescer 4%. Seguindo a tendência de avanços, a receita líquida de juros pode crescer 10% em 2021, muito compensada por despesas acima do esperado, algo indesejável.
Por fim, com tantas projeções e expectativas, os analistas do Santander anunciaram, no final de 2020, um preço-alvo de R$ 14, o que sugere ainda poder haver uma valorização significativa.
No mais, este conteúdo não figura recomendações de compra ou venda. Sendo assim, é feito em virtude de auxiliar os investidores no processo de aprendizado.
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