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Brasil e Hong Kong testam moeda para pagamento internacional

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A Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA) e o Banco Central do Brasil (BCB) anunciaram uma nova colaboração para testar a integração de suas moedas digitais de banco central (CBDCs) em operações transfronteiriças. O projeto, revelado na tarde desta segunda-feira (28), faz parte do Projeto Ensemble e do programa piloto Drex do Brasil, ambos focados em explorar o uso da tokenização para aprimorar a eficiência e segurança em transações internacionais.

Essa parceria visa desenvolver casos de uso para liquidação de pagamento versus pagamento (PvP) e entrega versus pagamento (DvP) em setores como financiamento comercial e créditos de carbono, expandindo a relação entre as duas instituições, que já cooperam desde 2018 em inovação financeira. O Ensemble Sandbox, lançado pela HKMA em agosto, atua como uma plataforma experimental para testar o uso de CBDCs em ambientes controlados, abordando temas como fundos de investimento, gestão de liquidez e finanças sustentáveis.

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Parceria fortalece visão de um mercado financeiro integrado

Para Eddie Yue, presidente da HKMA, a parceria com o Banco Central do Brasil representa a concretização de uma visão compartilhada para o futuro do mercado financeiro global. “A semente da colaboração entre a HKMA e o BCB, plantada há alguns anos, agora floresceu. O Projeto Ensemble tem tudo a ver com colaboração com parceiros da indústria para avançar o mercado de tokenização”, destacou Yue.

Por sua vez, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, enfatizou a importância de iniciativas transfronteiriças, considerando a parceria com a HKMA um marco para a segunda fase do projeto Drex, que desde setembro conta com a participação de mais de 70 empresas do setor financeiro. Campos Neto ressaltou que essa colaboração é essencial para criar uma rede financeira global mais interconectada e destacou a necessidade de conectar jurisdições globais.

Expectativas para uma rede global de CBDCs

À medida que mais bancos centrais experimentam a integração de suas moedas digitais, cresce a expectativa de que as CBDCs se tornem interconectadas globalmente, possibilitando transações instantâneas e seguras entre países, algo que bancos centrais querem tornar tão rápido quanto transferências via PIX.

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Segundo especialistas, o sucesso dessa integração depende de protocolos padronizados e da colaboração entre diferentes bancos centrais, a fim de garantir interoperabilidade, segurança e conformidade regulatória. Organizações internacionais como o Fórum Econômico Mundial (WEF), o Banco de Compensações Internacionais (BIS) e o FMI apoiam o conceito de uma rede colaborativa de CBDCs, que promete tornar as transações internacionais mais rápidas e confiáveis.

Essas instituições defendem que uma abordagem colaborativa entre bancos centrais, regulamentadores e instituições financeiras é necessária para estabelecer os padrões de segurança e conformidade necessários para o funcionamento de uma rede global de moedas digitais, que poderá impulsionar uma nova era no sistema financeiro internacional.


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