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Brasil e Ucrânia no top 3 dos países emergentes mais endividados, segundo FMI

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Brasil, juntamente com a Ucrânia, é o terceiro país emergente mais endividado, com dívida pública projetada em 88,1% do PIB em 2023, afirma relatório do FMI.

O relatório Monitor Fiscal, divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), colocou o Brasil e a Ucrânia como os terceiros países emergentes mais endividados do mundo. A divulgação ocorreu durante o encontro anual do FMI com o Banco Mundial nesta quarta-feira (11/10).

Endividamento brasileiro cresce e preocupa analistas

A dívida pública bruta brasileira está projetada para atingir 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB) ainda em 2023. Esta porcentagem deve aumentar para 96,2% até 2028. Em comparação, o Egito lidera o ranking com um endividamento bruto de 92,7% do PIB. A Argentina, que atualmente enfrenta uma crise financeira significativa, ocupa o segundo lugar com 89,5%.

O PIB, que representa a soma total de bens e serviços produzidos no país, está previsto pelo Fundo para alcançar a marca de US$ 2 trilhões. A relação dívida/PIB é um indicador crucial utilizado pelo FMI para monitorar a capacidade de um país em cumprir seus compromissos financeiros com os credores.

O relatório também destacou que a dívida pública global está em uma trajetória ascendente, crescendo a um ritmo muito mais acelerado do que as projeções anteriores à pandemia. Em relação às contas públicas brasileiras, o FMI projeta que o governo central terminará 2023 com um déficit primário de 1,2% do PIB. Esta estimativa é mais otimista do que a previsão anterior de 2% divulgada em abril. As projeções indicam que as contas continuarão no vermelho em 2024, com um déficit de 0,2%, mas devem reverter para um superávit de 0,2% em 2025.

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O documento conclui afirmando que as projeções fiscais para 2023 são reflexo da política econômica atualmente em vigor no Brasil.

FMI eleva para 3,1% previsão de crescimento para Brasil em 2023

Num cenário de desaceleração da economia global, o Brasil crescerá mais que a média do planeta. Segundo o relatório Panorama Econômico Mundial, divulgado nesta terça-feira (10) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) brasileiro crescerá 3,1% em 2023, alta de 1 ponto percentual em relação à estimativa anterior, apresentada em julho.

Em contrapartida, a estimativa de expansão para a economia global caiu de 3,5% para 3% neste ano. Para 2024, o FMI melhorou a previsão de crescimento para o Brasil, de 1,2% para 1,5%, e reduziu levemente a projeção de crescimento global de 3% para 2,9%. O documento foi apresentado na reunião do FMI e do Banco Mundial, que ocorre nesta semana em Marrakech, no Marrocos.

O FMI citou três fatores principais para a melhoria das estimativas econômicas para o Brasil. Segundo o relatório, a “agricultura dinâmica” e os “serviços resilientes” no primeiro semestre, acompanhado da manutenção do consumo forte por causa de estímulos fiscais, contribuíram para melhorar o desempenho da economia brasileira em relação às estimativas iniciais.

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Apesar de melhorar as projeções para o Brasil, o FMI citou riscos para o país. Segundo o órgão, a inflação persistente e o endividamento das famílias continuam a preocupar. O relatório também mencionou a falta de espaço fiscal para gastos prioritários e riscos decorrentes das mudanças climáticas.

As previsões do FMI estão mais em linha com as estimativas do governo brasileiro. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda prevê expansão de 3,2% da economia brasileira em 2023 e de 2,3% em 2024. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projeta alta de 2,9% no PIB em 2023 e de 1,8% em 2024.

Pesquisa semanal do Banco Central com instituições financeiras, o boletim Focus projeta crescimento de 2,92% no PIB neste ano. Para 2024, os analistas de mercado estimam expansão de 1,5%.


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