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Na semana passada, o Bitcoin (BTC) apresentou uma alta de 3,3%, se aproximando da marca dos US$ 67.000 e despertando uma onda de euforia entre investidores. Durante o final de semana, a criptomoeda chegou a encostar nos US$ 66.200, bem acima do suporte de US$ 65.200, levando muitos a acreditarem que o BTC daria continuidade ao movimento de alta na segunda-feira (30).
No entanto, o cenário mudou nas últimas 24 horas, e o preço do Bitcoin caiu 3%, chegando a perder o suporte de US$ 65.200 e sendo negociado a US$ 63.557. Essa queda gerou dúvidas sobre a força do movimento de alta e se o Bitcoin terá capacidade de buscar novas máximas ainda esta semana. Mesmo assim, a valorização acumulada em setembro se mantém acima de 7%, registrando o melhor desempenho do mês na história do ativo.
Destaque para memecoins e queda no mercado tradicional
Enquanto o Bitcoin enfrenta desafios, o destaque da semana ficou com as memecoins, que dominaram quatro das cinco maiores valorizações do Top 100. A Dogwifhat (WIF) liderou com uma alta de 37%, seguida por BONK (35%) e PEPE (32%).
No mercado tradicional, as perdas também foram evidentes. No Japão, o índice Nikkei 225 caiu quase 5% ao final do pregão de segunda-feira, enquanto os futuros de S&P 500 e Nasdaq nos Estados Unidos registraram quedas de 0,13% e 0,53%, respectivamente.
A queda na bolsa japonesa ocorreu em função de tensões geopolíticas, principalmente após uma ação militar israelense contra o grupo Hezbollah. Durante o final de semana, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, que liderava o grupo há mais de 30 anos, foi morto por forças israelenses, juntamente com outras lideranças do grupo. A ação aumentou as incertezas no mercado e elevou o temor de uma escalada no conflito no Oriente Médio, o que impactou os ativos de risco e pressionou o preço do Bitcoin.
Sentimento do mercado e expectativas dos investidores
Apesar das tentativas dos compradores de manter o preço do BTC acima de US$ 65.000, a correlação entre o Bitcoin e os índices de bolsa de valores mostrou que o ativo digital ainda é vulnerável às movimentações do mercado tradicional. Dados da empresa de análise Santiment indicam que o sentimento social em torno do Bitcoin disparou, com uma proporção de 1,8 postagens otimistas para cada postagem pessimista. No entanto, isso não é necessariamente um indicador positivo.
“A história mostra que os mercados tendem a se mover na direção oposta às expectativas da multidão”, observou a Santiment. Portanto, investidores podem precisar aguardar um pouco mais para que o Bitcoin atinja uma nova máxima histórica, especialmente em meio à instabilidade geopolítica e à pressão nos mercados globais.
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