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Campos Neto, alvo de Lula, sai de férias

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sairá de férias nesta quinta-feira (04).

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), disse que sairá de férias nesta quinta-feira (04) e será substituído pelo diretor de Política Monetária da autarquia, Gabriel Galípolo

Segundo informações, as férias ocorrem em meio ao acirramento das críticas feitas pelo presidente Lula contra o Banco Central, que manteve na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 10,50% ao ano.

Gabriel Galípolo, foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cotado para comandar o BC a partir do próximo ano. Galípolo já havia assumido a presidência em 28 de junho, enquanto Campos Neto participava de compromissos na Europa.

Na última terça-feira (02), ao marcar presença em um fórum do Banco Central Europeu (BCE) em Portugal, Campos Neto disse que, como banqueiro central, tem que se distanciar da arena política. Segundo ele, a interrupção dos cortes de juros se deve mais a “ruídos” do que a fundamentos econômicos. Entre esses ruídos, ele citou as incertezas sobre a autonomia do BC com a sucessão no comando da autoridade monetária (seu mandato termina em dezembro).

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O presidente do BC lembrou ainda que a decisão de junho do Copom foi unânime, mesmo com quatro membros indicados pelo governo do presidente Lula, mostrando coesão.

“Acho que a história e o tempo vão mostrar que o trabalho foi feito da melhor forma que podíamos com os dados que tínhamos, e que foi feito da forma mais técnica”, afirmou Campos Neto.

Campos Neto diz que Selic a 10,5% é “suficientemente alta”

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou ao jornal Valor Econômico que a projeção alternativa de inflação apresentada pelo Copom, com a taxa Selic em 10,5% ao ano, indica que essa taxa é “suficientemente alta”. Assim, para, a longo prazo, trazer a inflação de volta à meta estabelecida.

“Já houve no passado momentos em que a gente desenhou os cenários alternativos para mostrar que a taxa de juros é suficientemente alta, que num período mais longo ela traz a inflação para a meta”, disse o presidente, em entrevista ao jornal.

“Estava tendo muito ruído em torno dos números de curto prazo. A gente entende que essa é uma informação valiosa a mais para os agentes.” Complementou.

Ele explicou também que o Banco Central escolheu a palavra “interrupção” para descrever o ciclo de queda de juros. Visto que, ela transmite de forma mais precisa a intenção de não oferecer diretrizes explícitas aos participantes do mercado.

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COPOM MANTÉM TAXA SELIC EM 10,50% AO ANO POR UNANIMIDADE

O Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 10,50% ao ano. A decisão reflete a preocupação em alinhar as expectativas de inflação à meta estabelecida para 2025, em meio a um cenário global de incertezas e uma atividade econômica doméstica mais robusta do que o esperado.

No comunicado divulgado, o COPOM destacou que o ambiente externo continua adverso, com alta incerteza sobre o início da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e a velocidade da desinflação em diversos países.

Atividade Econômica: Os indicadores de atividade e do mercado de trabalho no Brasil seguem apresentando dinamismo acima das expectativas.

Inflação: A inflação tem mostrado uma trajetória de desinflação, mas as medidas de inflação subjacente ainda estão acima da meta.

Expectativas de Inflação: Segundo o Boletim Focus, as expectativas de inflação subiram de 3,7% para 4,0% para 2024 e de 3,6% para 3,8% em 2025. As projeções de inflação também aumentaram de 3,8% para 4,0% em 2024 e de 3,3% para 3,4% em 2025.

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