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- Saudi Aramco confia que os motores de combustão continuarão a ser uma parte significativa dos veículos por um longo período
- Recentemente, a maior empresa de petróleo do mundo investiu 10% de 740 milhões de euros na Horse Powertrain
- Mufti afirmou que a Saudi Aramco acredita firmemente na continuidade dos motores de combustão quando questionado sobre sua perpetuidade
A Saudi Aramco está confiante de que os motores de combustão continuarão a ser uma parte significativa dos veículos por um longo período. Isto, apesar do aumento dos carros elétricos. Recentemente, a maior empresa de petróleo do mundo investiu 10% de 740 milhões de euros na Horse Powertrain. Esta, uma empresa especializada na fabricação de motores a combustão.
A Saudi Aramco e outros acionistas da Horse, como a fabricante chinesa de automóveis Geely e a francesa Renault, preveem que a indústria automotiva cada vez mais adotará motores de terceiros. Isto, em vez de desenvolvê-los internamente.
“Será muito caro para o mundo eliminar completamente, ou prescindir, dos motores de combustão”, disse Yasser Mufti, vice-presidente executivo da Saudi Aramco.
“Se considerarmos a acessibilidade e vários outros fatores, eu acredito que eles estarão por aí por um muito, muito tempo.”
Mufti afirmou, ao ser questionado sobre a perpetuidade dos motores de combustão, que a Saudi Aramco acredita firmemente nessa continuidade. A empresa já declarou anteriormente que prevê que, mesmo em 2050, mais da metade de todos os carros estarão utilizando algum tipo de combustível tradicional.
Recentemente, com a desaceleração nas vendas de veículos elétricos nos últimos meses e um aumento no protecionismo comercial, o futuro dos motores de combustão, portanto, parece menos incerto.
“Acreditamos que até 2035, 2040 e mesmo além de 2040 ainda veremos um número significativo de veículos com motor de combustão”, aponta Matias Giannini, CEO da Horse.
“Com certeza mais da metade, e até 60% da população ainda terá algum tipo de motor, seja apenas de combustão, híbrido completo ou plug-in híbrido.”
Giannini disse que a Horse já garantiu “alguns contratos” e, contudo, está em negociações com várias fabricantes de automóveis para fornecer motores a elas.
“Temos uma variedade de novos motores sendo desenvolvidos, por exemplo, para atender à legislação”, afirmou Giannini.
A joint venture
Geely e Renault estabeleceram a joint venture há um ano, consolidando suas divisões de motores e transmissões na Horse. A nova empresa, avaliada em 7,4 bilhões de euros (R$ 43,5 bilhões), conta com 19 mil funcionários e 17 fábricas globalmente. Com capacidade inicial de produção de 3,2 milhões de unidades por ano, a Horse visa expandir para 5 milhões, aproximando-se do patamar da Stellantis, que engloba marcas como Chrysler, Fiat e Citroën. “Não há concorrência direta para o que estamos propondo”, afirmou Giannini.
Philippe Houchois, analista automotivo da Jefferies, destacou que a Geely e a Renault estão, portanto, buscando escala combinando suas operações de fabricação, uma estratégia que faz sentido no mercado atual.
“A transição para veículo elétrico é mais lenta do que alguns pensavam, e existem híbridos, que alguns pensavam que desapareceriam, então o caminho é mais longo”, disse Houchois.
“No mundo de hoje, apenas a Europa quer acabar com os carros a combustão. Nem os chineses nem os americanos estão trabalhando nessa direção.” Ele explica a previsão do alvo da Horse para seus motores estaria na Europa.
Com o aumento das vendas de veículos híbridos, a Toyota, contudo, desenvolveu recentemente uma nova geração de motores menores e mais eficientes em termos de combustível, que também podem ser comercializados para outros fabricantes de automóveis. A Stellantis, por sua vez, investiu significativamente no futuro dos veículos a motor de combustão que utilizam e-fuels sintéticos.
Simultaneamente, a Saudi Aramco ampliou seus esforços para construir uma rede global de postos de abastecimento. No ano passado, a empresa, no entanto, operava 17,2 mil postos de serviço, principalmente nos EUA, China e Japão. Este ano, expandiu, contudo, suas operações para mercados emergentes, como Chile e Paquistão.
A Saudi Aramco também investiu em laboratórios de pesquisa em Paris, Detroit e Xangai, focando no desenvolvimento de combustíveis de baixo carbono e sintéticos. No ano passado, a empresa adquiriu a marca americana de lubrificantes Valvoline por US$ 2,65 bilhões, abastecendo todos os motores produzidos pela Horse inicialmente com produtos Valvoline.
Mufti acredita que os motores de combustão ainda podem passar por “melhorias significativas”, tornando-os competitivos com os carros elétricos não apenas em custo. Mas também em sustentabilidade, considerando as emissões e o impacto ambiental da produção de veículos.
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