Guia do Investidor
arroz 1009201525.jpg
Notícias

CNA apresenta ação no STF contestando importação de arroz

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

  • A CNA protocolou uma Ação Direta no STF em resposta à decisão da importação do arroz
  • De acordo com a nota divulgada, a ADI busca suspender o primeiro leilão público da Conab
  • Na avaliação da CNA, a importação de arroz, portanto, tem o potencial de desestabilizar a cadeia produtiva do cereal no país

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) tomou uma medida decisiva nesta segunda-feira (3), ao protocolar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF). Esta, em resposta à decisão do governo federal de permitir a importação de arroz.

De acordo com a nota divulgada pela entidade, a ADI busca, entre outras medidas, suspender o primeiro leilão público da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O qual está agendado para esta quinta-feira (6), destinado à aquisição do cereal importado. Além disso, solicita esclarecimentos ao governo sobre a justificativa para essa medida.

Leia mais  Governo só deve ter superávit em 2030, aponta diretora da Instituição Fiscal Independente do Senado

Na avaliação da CNA, a importação de arroz tem o potencial de desestabilizar a cadeia produtiva do cereal no país. Isso pode resultar em instabilidade de preços, prejudicando os produtores locais de arroz. Além de, negligenciar os grãos já colhidos e armazenados e, consequentemente, afetando as economias dos produtores rurais que já enfrentam dificuldades devido a desastres naturais e os impactos das enchentes.

Constitucionalidade

A entidade questiona a constitucionalidade das normas, incluindo duas medidas provisórias, duas portarias interministeriais e uma resolução do Comitê Gestor da Câmara de Comércio Exterior, que autorizam a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz.

Além disso, a CNA destaca que os produtores já haviam colhido 84% da área plantada com arroz no Rio Grande do Sul antes do início das chuvas. A entidade ressalta que não há risco de desabastecimento e argumenta que as medidas governamentais foram implementadas sob o pretexto de garantir o abastecimento interno. Este, após as enchentes no estado.

“Dados realistas do setor indicam que a safra gaúcha de 2023/24 foi de aproximadamente 7,1 milhões de toneladas de arroz, patamar aproximado ao volume colhido pelo Estado na safra 2022/23, de 7,239 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga)”, reforça a CNA na nota publicada.

“Não só os sindicatos locais, mas também a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e a própria CNA detêm informações técnicas relevantes e dados de produção e colheita do arroz que demonstram que o risco de desabastecimento não existe e que a política de importação do arroz se revelaria desastrosa e contrária ao funcionamento do mercado”, complementa.

A CNA critica o governo por tomar a medida sem consultar o setor produtivo. Levando, assim, à equívocos no diagnóstico da situação e na identificação de gargalos para investimentos imediatos.

Leia mais  Governo vai incentivar empregos com qualificação profissional

Além disso, a importação de arroz é vista como uma intervenção abusiva que viola a Constituição e restringe a livre concorrência. A entidade também alerta para o impacto negativo que a concorrência com o arroz estrangeiro subsidiado pode ter sobre os produtores gaúchos.

“Em hipótese alguma o governo quer afrontar os produtores. Agora, o que nós precisamos muito é combater a especulação”, apontou Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, em entrevista a CNN Brasil.


Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Governo Lula propõe nova tributação para multinacionais e gera polêmica

Rodrigo Mahbub Santana

Anuncio do pacote fiscal pode ser feito na próxima semana

Rodrigo Mahbub Santana

Brasil anuncia recuperação de 40 milhões de hectares de pastagens

Rodrigo Mahbub Santana

Governo precisa de R$ 42,3 bilhões para cumprir meta fiscal de 2024

Rodrigo Mahbub Santana

Epidemia: Brasil já tem 52 milhões de apostadores em bets

Rodrigo Mahbub Santana

Gastos com funcionalismo batem recorde sob Lula

Rodrigo Mahbub Santana

Deixe seu comentário