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Empreendedorismo e a força mineira

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Sabemos que a força de um povo está na capacidade de ser dona de seu próprio destino. As grandes nações jamais esperaram por um chamamento do governo para construir seu próprio futuro. Ao contrário, os governos nasceram com limitações claras impostas pelo povo, aquele responsável por erguer o país e sua economia. Estes países tornaram-se fortes, ricos e prósperos.

Vejo que em tempos recentes nossa Minas Gerais tem operado uma guinada interna que inicia um movimento importante na direção correta, colocando como prioridade aqueles que geram riquezas, nossos empreendedores. Não falo apenas das grandes empresas mineiras, mas dos pequenos empresários, donos de pequenos negócios que são a espinha dorsal de nossa economia, aqueles maiores responsáveis pela geração de empregos e renda em nosso estado. 

As iniciativas são as mais variadas e vêm de todo lado de Minas. Montes Claros, por exemplo, é líder em empreendedores individuais, além de liderar também o ranking entre os empreendedores jovens. Isto significa que existe um movimento no norte de Minas que está mudando a região. Em vez de esperar a ajuda do governo, os jovens preferiram encontrar saídas para crise em seus próprios talentos. Um movimento que certamente irá gerar muitos ganhos para a região no médio e longo prazos. 

No Vale do Aço também temos boa notícias. Em Ipatinga, depois da abertura da sala mineira do empreendedor, o tempo médio de finalização do processo de abertura de uma empresa caiu para 12h, o que levou a cidade a alcançar recorde na abertura de pequenos negócios. Ipatinga é mais um caso de empreendedorismo mineiro em uma região que preferiu se tornar dona de seu próprio destino. 

Da Zona da Mata Mineira vem outro exemplo. A sala do empreendedor de Juiz de Fora é uma das oito maiores em número de atendimentos em todo o Brasil, com mais de 8.000 consultas. O programa “Desenrola Juiz de Fora” é a iniciativa de desburocratização com maiores resultados já lançada na região, que busca simplificação no processo, abertura e funcionamento de empresas. Hoje é possível abrir um negócio em apenas dois dias, o que possibilitou a abertura de mais de 5.000 novas empresas. Isto significa renda e empregos para Minas Gerais. 

Os exemplos são os mais variados e podemos também encontrar soluções inovadoras por várias regiões do estado. O fato é que, seja por necessidade. Seja por vocação, os mineiros escolheram trilhar o seu próprio caminho por meio do seu esforço individual, seu talento e capacidade de produção de riqueza, gerando empregos, tornando o pós-pandemia um tempo desafiador, porém com mais oportunidades do que o esperado. 

Passamos a entender que o talento de nosso povo é o principal sustentáculo de nossa economia. Os mineiros não dependem dos políticos e do governo para produzir, crescer, gerar empregos e tornar o estado um lugar cada vez melhor para se viver. Nossa população está mostrando que governos devem ser parceiros, jamais inimigos de nosso povo. Assim como as grandes nações, Minas decidiu ser dona de seu próprio destino, fazendo uso de sua ferramenta mais importante e incrível: o talento empreendedor de nosso povo.

Márcio Coimbra é Presidente da Fundação da Liberdade Econômica e Coordenador da pós-graduação em Relações Institucionais e Governamentais da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília. Cientista Político, mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos (2007). Ex-Diretor da Apex-Brasil e do Senado Federal

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