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Com falência no radar, agências de rating revisam classificação da Americanas

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As casas de análises já estão aumentando sua precaução com as ações da Americanas após as recentes polêmicas. E é claro que as maiores companhias de classificação de risco global também iam aderir ao movimento em algum momento. As agências de Rating revisaram suas perspectivas para as ações da varejista, e o cenário é de preocupação.

O Rating nada mais é que uma classificação, praticamente uma nota. Este indicador serve para apontar o risco de crédito de uma companhia. 

Ou seja, a probabilidade de certa empresa não cumprir com seus compromissos legais (aplicar o famoso calote). 

As agências de rating, ou agências de avaliação de risco, são empresas independentes e especializadas que monitoram as atividades financeiras de diversas instituições públicas e privadas, avaliando o nível do risco de crédito de cada uma. 

A varejista comunicou que a agência de risco Moody’s alterou o rating da Companhia de CFR (Corporate Family Rating) para ‘Caa3’.

Já a S&P Global Ratings alterou o rating da companhia em sua classificação de crédito em escala global para ‘D’ e em escala nacional brasileira para ‘D’.

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De acordo com a Moody’s e a S&P, o rebaixamento é devido às incertezas geradas pela identificação das inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões, divulgadas no último dia 11 de janeiro.

Você pode aprender mais sobre os ratings e seus níveis de classificação clicando aqui. 

Já começaram os calotes: Americanas informa que não pagará 17ª emissão de debêntures

Em fato relevante divulgado nesta terça-feira (17), respondendo uma solicitação da CVM, a Americanas (AMER3) informou que não realizou o pagamento de remuneração que deveriam ter sido efetuados ontem a debenturistas da 17ª emissão da companhia.

Uma debênture, de forma resumida, é um título de dívida. Ou seja, investimento em debêntures nada mais é que um empréstimo para empresas que não sejam uma instituição financeira ou uma instituição de crédito imobiliário. No entanto, ao invés de recorrer aos bancos e suas altas taxas para estes empréstimos, a companhia recorre aos investidores do mercado de capitais. 

Em outras palavras, funciona da seguinte forma: uma empresa necessita de uma quantidade de dinheiro para fazer algum investimento de expansão dos negócios ou, até mesmo, pagar débitos. Dessa forma, em vez de procurar um empréstimo no banco (que costuma ter custos mais altos), ela lança debêntures no mercado para captar recursos. 

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A companhia varejistas explicou que a atitude foi tomada após decisão 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no âmbito da tutela de urgência cautelar antecedente de processo de recuperação judicial.

Na decisão, o juiz suspendeu de forma liminar “a exigibilidade de todas as obrigações relativas aos instrumentos financeiros e as instituições relacionadas e todas as entidades de seus grupos.

Em resposta a questionamento da B3, Americanas (AMER3) diz que não pagou juros de debêntures em razão de medida cautelar.

Em resposta, divulgada pela varejista no site da CVM, a empresa lembra a medida cautelar que suspendeu “toda e qualquer cláusula contratual que imponha o vencimento antecipado das dívidas da Companhia, bem como da exigibilidade de todas as obrigações relativas aos instrumentos financeiros e as instituições relacionadas e todas as entidades de seus grupos econômicos”.

Para colocar “ordem na casa” Americanas elege novo CEO


Após se envolver na maior polêmica da bolsa de valores dos últimos anos, a Americanas (AMER3) está disposta a tentar colocar “ordem na casa”. Em fato relevante divulgado na manhã desta terça-feira (17) a companhia anunciou que o conselho de administração da Americanas elegeu João Guerra Duarte Neto para ser o novo diretor presidente interino da empresa.

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O empresário assume o cargo deixado por Sérgio Rial, que “pulou do barco” quando a polêmica do rombo de R$ 20 bilhões começaram na última semana.

Americanas, que já perdeu mais de 84% em seu valor de mercado desde que as inconsistências contábeis se tornaram públicas. O BTG entrou com uma nova petição para suspender o bloqueio de pagamentos de dívidas concedido à varejista, a fim de recuperar R$ 1,2 bilhão.

As ações da varejista (AMER3) lideram as altas (agora +10,31%, R$ 2,14) em mais um pregão em que os papéis voltam a leilão constantemente e são acompanhados pela maior parte do setor, que também é estimulado pela queda dos juros futuros.

EmpresasPreço Atual (R$)Maior alta (R$)Maior baixa (R$)
AMER32,252,351,97
VIIA32,572,692,55
MGLU33,944,023,82

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